Enfim, o trânsito bate de frente com a qualidade de vida de toda a população, mesmo a que não sai de casa, pois a poluição atmosférica é distribuída democraticamente entre todos e parte do tempo de convivência entre familiares é consumido nas filas de cada dia. Na contabilidade geral da economia o prejuízo é calculado em bilhões de reais por ano.
Enquanto o caos se avizinha (se é que já não chegou), não se vislumbram soluções do tamanho do problema, mesmo considerando a nova Linha 4 - Amarela do Metrô, com 12,8 km de extensão entre a Luz (Centro) e Vila Sônia (Sudoeste), que deverá ser entregue somente em 2009 (1ª. fase) e 2012 (2ª. fase) . Temos hoje 61,3 km de metrô, mas deveríamos ter ao menos cinco vezes mais. Outra perspectiva oficial tardia criada para a melhoria do trânsito é o projeto do Rodoanel, uma via de 170 km ao redor da Grande São Paulo, projetada para interligar as 10 rodovias que cruzam São Paulo e assim retirar todo o tráfego de passagem pela cidade. O trecho Oeste foi concluído, o trecho Sul está em construção e será entregue somente em 2010. Depois disso restarão ainda mais 76,6 km para completar a obra. Quando?
A gestão do trânsito e da mobilidade urbana deve estar fundamentada em ferramentas e instrumentos de análise que determinem uma política pública , ações e intervenções que envolvam o transporte coletivo, a engenharia de tráfego, a ocupação e uso do solo e o transporte particular, aonde em relação a este último tópico necessariamente a atividade de estacionamento tem especial relevância.. Esses fatores determinaram o sucesso de políticas adotadas por diversos países.
Consciente da importância da atividade como equipamento urbano e de sua responsabilidade, nosso setor tem procurado aproximar-se de órgãos municipais, se disponibilizando para participar deste esforço de reorganização do espaço público e na aplicação de políticas e ações definidas e inseridas em um planejamento urbano eficaz para a Cidade de S. Paulo.
Sergio Morad - Presidente
Roberto Naman - Vice-presidente de Comunicação