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Supermercado converte seus estacionamentos em cinemas drive-in

 

Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma: a crise do novo coronavírus tem provado verdadeiras máximas seculares. O Walmart que o diga. A rede de supermercados decidiu converter alguns dos estacionamentos de suas unidades em cinemas drive-in – aqueles “antigos”, em que as pessoas assistiam aos filmes dentro de seus carros.
Ao todo serão 160 estacionamentos transformados em cinema, cobrindo diferentes regiões dos Estados Unidos. A ideia é operar entre agosto e outubro, que são meses com temperaturas mais agradáveis no país.
Batizada de Walmart Drive-In, a iniciativa tem programação assinada pela Tribeca Enterprises, empresa que tem Robert De Niro como um dos sócios, e que organiza o respeitadíssimo Tribeca Film Festival, considerado um dos mais nobres festivais de cinema do mundo.
Além de mostrar as produções cinematográficas, o espaço também será usado para a promoção de músicas e eventos esportivos, tudo nesse formato de “estacione e assista”.
Ainda não foi tornado público o valor da entrada, mas existe a possibilidade de que os usuários tenham acesso gratuito à programação, pagando apenas por aquilo que consumirem no local. Os pedidos de bebida e comida podem ser feitos online e retirados em quiosques específicos do Walmart.
Sem declarar o montante investido no projeto, a rede varejista pode, além de engajar seus clientes, faturar com a venda de produtos para cada exibição. De acordo com o site americano The Week, a maior parte do lucro das redes de cinema é proveniente da comercialização de pipocas, balas, refrigerantes e afins.
A plataforma explica que, nos Estados Unidos, cerca de 60% do valor dos ingressos são destinados aos estúdios de cinema, enquanto o montante restante daria conta do pagamento de salários, aluguéis, manutenção de equipamentos e afins. Sendo assim, são as guloseimas “superfaturadas” dos cinemas que justificam a receita final das redes.
Impacto devastador
Desde o final de março deste ano, anfiteatros e salas de cinema tiveram de suspender suas atividades para seguir os protocolos de segurança e saúde pública decretados em território nacional.
Sem nenhuma fonte de renda alternativa, pequenas e grandes redes tiveram seus negócios profundamente impactados. A americana AMC, a maior rede do mundo, ainda avalia um pedido de concordata depois de reportar perdas de US$ 2,18 bilhões no primeiro trimestre deste ano.
Agora que algumas das regras de distanciamento social começam a ser afrouxadas, essas companhias esperam poder retomar as atividades. A proposta é que, neste primeiro momento, as salas de cinema operem com 25% de sua capacidade total.
De acordo com a Associação Nacional de Proprietários de Teatros e Cinemas, a expectativa é de que entre 90 e 95% das salas de cinema no mundo voltem a operar em meados de julho.
Fonte: NeoFeed, 05/07/2020

Categoria: Geral


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