A gestão do prefeito João Doria anuncia hoje o edital de concessão do primeiro lote de seis parques municipais à iniciativa privada, que tem como carro-chefe o Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo. O lance mínimo definido pela Prefeitura para quem quiser assumir a gestão de 1,3 milhão de metros quadrados de área verde e de lazer na cidade por 35 anos é de R$ 1,9 milhão.
A assinatura do contrato está prevista para 24 de julho. Apesar de algumas empresas terem feito propostas exclusivas para assumir o Ibirapuera, a gestão Doria manteve a ideia de fazer a concessão em combos. Assim, quem arrematar o parque mais visitado da cidade (13 milhões de pessoas por ano) também terá de operar outros cinco espaços em bairros periféricos das zonas norte, sul e leste da capital: Jacintho Alberto, Jardim da Felicidade, ambos em Pirituba; Eucaliptos, no Morumbi; Tenente Brigadeiro Faria Lima, no Parque Novo Mundo; e Lajeado, em Guaianases.
A Prefeitura estima “ganhar” durante as três décadas de concessão R$ 1,6 bilhão, 70% apenas com desoneração, ou seja, custos que serão assumidos pelo gestor privado. Só a manutenção do Ibirapuera custa R$ 29 milhões por ano. O concessionário que assumir a administração dos seis locais terá de investir cerca de R$ 190 milhões nos 35 anos de contrato, média de R$ 5,4 milhões por ano.
OUTROS PLANOS DA GESTÃO DORIA
Mercados municipais
Doria lançou na semana passada a concessão do Mercado de Santo Amaro por 25 anos, o primeiro equipamento a ser concedido. O Mercadão deve ser o próximo.
Anhembi
A gestão pretende concluir até julho a privatização do complexo que reúne sambódromo, centro de convenções e pavilhão de exposições na zona norte.
Pacaembu
Já aprovada na Câmara Municipal, a concessão do Estádio Paulo Machado de Carvalho por até 25 anos também está prevista para ocorrer este ano.
Interlagos
Doria ainda tenta aprovar dois projetos para conseguir vender o autódromo na zona sul, que terá a pista de corrida mantida, mas deve receber um bairro novo.
Cemitérios
Prefeito ainda tenta destravar no Tribunal de Contas o projeto de concessão dos 22 cemitérios e do crematório, cujo contrato só deve ser assinado em 2019.
Terminais e bilhete único
Projetos de concessão dos terminais de ônibus e do sistema de bilhetagem ainda estão em elaboração e as licitações só devem ocorrer no ano que vem.
Fonte: O Estado de S. Paulo - 27/02/2018