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Prefeitura de São Paulo adota medidas de prevenção a mortes no trânsito

A Prefeitura de São Paulo informou, por meio de nota nesta semana, que adota diversas medidas de prevenção a mortes no trânsito. Em 2023, o município atingiu o pior patamar de óbitos em acidentes veiculares desde 2015, com média de 2,7 vítimas por dia. Ao todo, 987 pessoas perderam a vida no último ano.

Neste contexto, a Secretaria de Mobilidade e Trânsito (SMT) e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) detalharam as medidas que estão em vigor. O objetivo é ampliar a segurança viária e reduzir o número de ocorrências e mortes no trânsito da cidade.

Segundo a Prefeitura, o planejamento para a gestão do trânsito está alinhado às metas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a década de Ação pela Segurança no Trânsito 2021-2030. Além disso, as medidas de segurança ganham o reforço de um novo modelo de gestão eletrônica na cidade.

Afinal, a CET iniciou a implantação e troca dos equipamentos de fiscalização eletrônica existentes na cidade. Os radares fiscalizam comportamentos que prejudicam a segurança viária, como o desrespeito ao excesso de velocidade e à faixa de pedestres, por exemplo.

Os dados mostram que, em 1996, ano anterior ao início da implantação da fiscalização eletrônica na cidade, foram 2.245 mortes no trânsito da capital. Já em 1998, um ano depois, houve registro de 1.558 óbitos.

Nove contratos em fiscalização eletrônica

Atualmente, a cidade conta com nove contratos (lotes), responsáveis por 1.538 pontos de fiscalização eletrônica nos 20 mil km de vias da cidade. Assim, do total de endereços fiscalizados, 764 terão displays para informar as velocidades desempenhadas pelos condutores no momento da aproximação, além de registrá-las. Segundo a Prefeitura, o novo consórcio vai cuidar da atualização, operação e manutenção dos equipamentos de fiscalização eletrônica da cidade.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o excesso de velocidade é um dos principais fatores para que ocorram sinistros de trânsito no mundo. Além disso, um documento técnico da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) mostra, por exemplo, que a chance de uma pessoa sobreviver a um atropelamento por um veículo que transite a 30 km/h é superior a 80%. Por sua vez, acima de 50 km/h, a situação se inverte: a chance de morrer é que supera os 80%. (Imagem: Agência Brasil)

Proteção aos motociclistas e pedestres

Outras medidas incluem a proteção aos motociclistas e pedestres. Por exemplo, o projeto-piloto da Faixa Azul hoje soma 90,1 km de extensão e está presente em 11 corredores viários da cidade. Em suma, tem como objetivo a redução da gravidade dos sinistros envolvendo motos.

Além da Faixa Azul, a Frente Segura é uma área reservada às motos que fica entre a faixa de travessia de pedestres e a área de parada de veículos, em cruzamentos e interseções semaforizadas. Ao todo, foram mais de 700 espaços implantados.

Já para os pedestres, existem Áreas Calmas. Em suma, são perímetros com velocidade máxima permitida de 30 km/h, sinalização específica, travessias elevadas e avanços de calçadas nas esquinas. Já foram implantadas as duas em Lapa e uma em Santana. Está em implantação a Área Calma de São Miguel.

Por fim, a Prefeitura criou mais de 7 mil novas travessias para pedestres na atual gestão. Além disso, aumentou, em média em 20%, o tempo para travessia em 50 corredores viários da cidade. Outra medida foi a redução das velocidades máximas em 24 vias, de 50 para 40 km/h.

Estadão Mobilidade,  09/04/2024

Categoria: Geral


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