Nunca foi tão caro abrir as portas. Em 2024, o aluguel comercial disparou a maior alta da última década. E o que explica isso é uma economia aquecida que está longe de desacelerar.
Vamos te explicar: O Índice FipeZAP, que acompanha os preços de salas comerciais de até 200 m² em 11 grandes cidades brasileiras, registrou um aumento médio de 7,88% nos aluguéis em 2024 — o maior desde 2013.
Para efeito de comparação, a inflação oficial foi de 4,83% no mesmo período. Com mais gente voltando ao trabalho presencial e lojas reabrindo, a demanda por espaços físicos subiu, e os preços acompanharam.
Por que isso importa? Com os custos subindo, pequenos negócios enfrentam dificuldades para se manter em regiões estratégicas. Ao mesmo tempo, a maior demanda reflete um cenário de mais empregos, mais consumo e, claro, mais disputas por espaço. Já para investidores, o setor mostra sinais de boa rentabilidade, com rendimentos médios de 6% ao ano.
Os números principais:
Niterói liderou o ranking com uma alta de 17,8%, seguida por Curitiba (+10,9%) e Rio de Janeiro (+9,1%). O metro quadrado comercial atingiu R$ 45,53 em média no Brasil, com São Paulo no topo (R$ 54,40/m²).
Comprar também não ficou barato: o preço médio do metro quadrado foi de R$ 8.421, podendo chegar a R$ 2 milhões por um imóvel de 200 m² em São Paulo.
Zoom out: O aumento nos aluguéis comerciais não é um caso isolado. Os aluguéis residenciais também subiram 13,5% em 2024, quase o triplo da inflação. Com mais consumo e mais gente disputando espaços, a tendência é de preços ainda mais altos em 2025 — tanto para morar quanto para abrir um negócio.
The News, 23 01 2025