Unica diz que combustível alternativo ganhou competitividade sobre a gasolina no ano passado
Com volume gerado de 36,83 bilhões de litros, 4,4% acima do registrado em 2023, a oferta de etanol em 2024 foi a maior da história do Brasil. Desse total, 7,7 bilhões foram produzidos a partir do milho, alta de 32,8% sobre o ano anterior.
Os dados divulgados nesta terça-feira, 28, pela Unica, União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia, consolidam o Brasil como o segundo maior produtor de etanol do mundo no ranking liderado pelos Estados Unidos.
Outro dado destacado pela entidade foi a paridade dos preços do etanol hidratado em relação à gasolina C, que foi da ordem de 65,3% em 2024, a melhor competitividade registrada desde 2010.
A Unica também informou que o consumo de combustíveis no Brasil atingiu no ano passado a marca de 59,3 bilhões de litros pela frota de veículos leves (ciclo Otto), com um aumento de 5,4 bilhões de litros no consumo de etanol hidratado no País.
“Diante dos desafios no combate à mudança do clima, o etanol se apresenta como uma das soluções tecnológicas para uma mobilidade sustentável”, comenta Evandro Gussi, presidente da associação. “Podendo ser usado puro (hidratado) ou misturado à gasolina (anidro), o seu uso contribui para a redução das emissões de gases que agravam o efeito estufa e traz economia aos consumidores no abastecimento”.
O executivo também comentou sobre a aprovação de leis que refletem o novo momento do setor bioenergético brasileiro, entre elas o Combustível do Futuro, o Mover, o Paten, a reforma tributária e o aperfeiçoamento do RenovaBio.
“São passos muito importantes do Congresso e do Governo Federal rumo à mobilidade sustentável e à economia de baixo carbono”, avalia Gussi.
Vai de Etanol
A campanha #Vai de Etanol está entrando este ano em sua segunda fase, com o mote “É bom para todo mundo e pro mundo todo também”. Estrelada pelo jornalista e apresentador Tadeu Schmidt, tem por slogans as frases “Vai pelo planeta”, “Vai pelo Brasil”, “Vai pelo meio ambiente” e “Vai pelo seu motor”.
“Queremos mostrar ao consumidor que, enquanto outros países começam a seguir o nosso exemplo, o Brasil possui uma solução pronta e economicamente viável para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Nosso país tem um grande ativo sustentável, que fortalece sua indústria e movimenta seu mercado interno”, lembra o presidente da Unica. (Imagem: divulgação)
AutoIndústria | 28/01/25