Por Jorge Hori* - O que será o novo normal, depois da pandemia?
Há um razoável consenso de que haverá grandes mudanças de hábitos das pessoas, algumas já em curso, que deverão ser consolidadas, outras inteiramente novas. Quais são essas? Ninguém sabe, ou não quer saber.
Especificamente em relação aos usuários do automóvel, nas grandes cidades, o que mudará? O que isso impactará no negócio dos estacionamentos?
Estamos estudando o tema, com maior profundidade, mas vamos antecipar algumas colocações. A primeira já foi tratada aqui, que será a preferência pelo uso do carro próprio. O novo normal será um retorno ao velho normal, com maior uso do carro, sem preocupação com os impactos ambientais.
Dentro da concorrência entre estacionamentos, em termos de oferta, qual será o diferencial que levará o motorista a preferir um e não outro? Retirando as preferências por vinculação ao emprego, diríamos que a condição primordial será a segurança sanitária.
O motorista do seu próprio veículo – que, por essa condição, já é uma pessoa de maior renda e, provavelmente, mais esclarecida - irá preferir o lhe dê a sensação ou percepção de que não será contaminado dentro do estacionamento. Para isso o estacionamento deverá estabelecer um protocolo de procedimentos do qual deverá ser dado amplo conhecimento aos usuários. Isso não será suficiente se os funcionários não forem devidamente treinados ou orientados, quanto aos procedimentos.
A visibilidade dos procedimentos poderá ser sintetizada num selo de "segurança sanitária”. Esse poderá ser emitido pelo Sindicato, a partir de um manual ou cartilha, com as melhores práticas.
* Jorge Hori é consultor em Inteligência Estratégica e foi contratado pelo SINDEPARK para desenvolver o estudo sobre a Política de Estacionamentos que o Sindicato irá defender. Com mais de 50 anos em consultoria a governos, empresas públicas e privadas, e a entidades do terceiro setor, acumulou um grande conhecimento e experiência no funcionamento real da Administração Pública e das Empresas. Hori também se dedica ao entendimento e interpretação do ambiente em que estão inseridas as empresas, a partir de metodologias próprias.
NOTA:
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do SINDEPARK.