A novela da Área Azul em Americana, que começou com a chegada do novo sistema de parquímetros, ainda na gestão passada, em 2018, ganhou um novo capítulo essa semana, quando a prefeitura anunciou um corte de aproximadamente 25% das vagas, o congelamento dos preços do estacionamento rotativo pelos próximos dois anos e o fim da fiscalização pelos veículos “dedo-duro”, que tem câmeras.
A insatisfação com o sistema em Americana é longa, vem desde o início da operação. A Área Azul conseguiu desagradar tanto a administração municipal quanto o mais importante, os usuários, deixando irritados, por tabela, os comerciantes da cidade.
O contrato firmado em 2018 entre a prefeitura e a Estapar, empresa responsável pelo estacionamento rotativo no município, previa 2.254 vagas. Com o passar do tempo, esse número foi diminuindo e atualmente existem 1,8 mil espaços, número que agora vai cair para 1.366, uma queda de 40% na comparação com o acordo inicial.
O prefeito Chico Sardelli (PV) confirmou que a redução começa a valer em até três meses. A cobrança será retirada de ruas onde as estatísticas apontam que há menos uso. Dois pontos já foram definidos: a Rua Carioba (pós-linha férrea) e as laterais do Mercado Municipal.
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Americana, Rafael de Barros, completou que um estudo está sendo desenvolvido para definir as ruas que deixarão de fazer parte da Área Azul.
Uma das decepções de Chico na ocasião era sobre a praticidade da Área Azul, já que a Estapar opera em outros municípios sem problemas. Agora, resta saber como será a adaptação dos usuários para mais uma série de alterações no sistema. Na teoria, espera-se mais alternativas e facilidades.
O Liberal - Americana - Opinião - SP - 28/05/2023