Motoristas de São Caetano reclamam da dificuldade para a obtenção de cartões de Zona Azul na cidade. Alguns estabelecimentos estão sem talões e a presença de vendedores próximos às vagas é inconstante. A comerciante Fernanda Lima de Oliveira, 25 anos, trabalha na Rua Monte Alegre, no bairro Santo Antônio, e afirma que recebe reclamações diariamente. “É difícil passar algum funcionário da Zona Azul por aqui. Nossos frequentadores compram os cartões em comércios próximos.” Enquanto permaneceu no entorno da Rua Monte Alegre, a equipe do Diário avistou apenas uma vendedora de cartões do rotativo. Segundo a aposentada Anastácia Skorrtzky Fossa, 54, desde a mudança do serviço, realizada em novembro, quando o Consórcio Estacionamento Rotativo São Caetano, formado pelas empresas Assistpark e Autophone, assumiu o serviço, ela nunca viu agentes de venda. “Compro os cartões no comércio, mas agora até isso está difícil.” O farmacêutico Adalberto de Paula Martins, 38, conta que desde que o novo sistema passou a vigorar, é preciso ir até a sede do consórcio para obter os talões.
“Antes representantes visitavam os pontos de revenda e nos abasteciam. Alguns comerciantes deixaram de vender por isso.” Muita gente acaba desistindo de utilizar o carro para se locomover a determinados pontos, caso do motorista Edmilson Oliveira Silva, 63, que vai de transporte público ao Hospital São Caetano, na Rua Espírito Santo.
“Além de ter muitos carros, quando achamos uma vaga não encontramos nenhum agente da Zona Azul.” A Prefeitura de São Caetano garante que, a partir da renovação do contrato, o número de vendedores subiu de 32 para 60.
O município conta com 2.800 vagas de estacionamento rotativo pago, que vigora das 8h às 18h de segunda a sexta e das 8h às 13h aos sábados.
A administração disse ainda que é possível comprar créditos por meio do aplicativo Fácil Estacionar, que também permite a renovação do período de estacionamento. Já sobre a necessidade de comerciantes retirarem cartões na sede do consórcio responsável, a medida foi adotada por segurança, conforme o Executivo.
Fonte: Diário do Grande ABC (Sto. André), 4 de março de 2015