A avaliação do trânsito na capital mineira tem melhorado gradualmente entre consumidores e empresários. Apesar disso, cerca de 40% dos belo-horizontinos acreditam que os problemas de locomoção de pessoas, veículos e cargas impactam negativamente o comércio. Os transtornos principais são o trânsito, a dificuldade logística de carga e descarga de mercadorias e o custo de estacionamento em vias de fluxo intenso.
É o que revela a “Pesquisa Mobilidade Urbana - Opinião do Consumidor e do Empresário 2019”, produzida pela área de Estudos Econômicos da FecomercioMG. O levantamento busca demonstrar os hábitos e opiniões da população da capital mineira em relação ao trânsito, aos aspectos da mobilidade urbana e ao transporte público.
O economista da entidade, Guilherme Almeida, afirma que 61,3% dos consumidores apontam o fato de o estabelecimento possuir estacionamento próprio como um diferencial. “Esse ponto da pesquisa é importante, pois está intimamente ligado aos novos hábitos e preferências do consumidor que busca, cada dia mais, bons preços e comodidade”, revela. Outro dado relevante é o crescimento do uso dos aplicativos de transporte para a ida às compras.
“Esses apps vêm conquistando espaço nos hábitos de consumo das famílias e já aparecem como o segundo meio mais utilizado para as compras (24%), perdendo apenas para o próprio veículo (33,8%). Esse comportamento acompanha o cenário mundial, onde as pessoas usam mais aplicativos e meios compartilhados de locomoção em vez de veículos próprios e tradicionais”, informa Almeida. Por outro lado, a avaliação do transporte público continua negativa, com destaque para o valor das tarifas. O custo das passagens é motivo de insatisfação para 72,9% dos belo-horizontinos.
Impacto no comércio - O trânsito ruim (94%) foi avaliado como o item mais prejudicial ao comércio. A dificuldade de carga e descarga e o custo do estacionamento têm grande influência para mais de 60% das empresas. Além disso, mais da metade dos empresários (58,4%) está insatisfeita com o transporte público da cidade. Os aumentos nas tarifas impactam 68,7% dos estabelecimentos, elevando a matriz de custos da empresa.
Fonte: Diário do Comércio - MG - 26/03/2019