O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, anunciou nesta segunda-feira (15), em uma entrevista coletiva concedida em Brasília, que o governo federal e o Ministério Público Federal (MPF) fecharam acordo que prevê a instalação de 1 mil radares de controle de velocidade em rodovias não concedidas à iniciativa privada.
Freitas não deu detalhes sobre o teor do acordo, mas informou que o acerto firmado com o MPF – que reduziu de 8 mil para 2,2 mil o número de faixas a serem fiscalizadas nessas estradas – deve gerar uma economia correspondente a cerca de R$ 600 milhões ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), autarquia vinculada ao Ministério da Infraestrutura.
A instalação dos novos aparelhos, suspensa em abril pelo governo federal, ocorreria nas rodovias administradas pelo Dnit e cobriria 8 mil pontos nos próximos cinco anos, ao custo de R$ 1 bilhão.
Embora governo e Ministério Público tenham entrado em acordo em torno da instalação dos pardais, a Justiça Federal ainda tem que homologar os termos do acerto.
Críticas aos radares
Em mais uma crítica aos radares de controle de velocidade, Tarcísio Freitas também disse que para ele, no atual cenário orçamentário, não faz o menor sentido gastar R$ 1 bilhão na instalação de radares. Segundo ele, o Ministério da Infraestrutura tem R$ 2 bilhões para fazer a manutenção de todas as rodovias federais.
O ministro voltou a defender a redução no número de pardais e disse que não são só os radares que salvam vidas.
O titular da Infraestrutura afirmou que os radares serão instalados com base em critérios técnicos. Segundo ele, não vai mais haver "radar escondido".
Ainda de acordo com Tarcísio Freitas, o número de 1 mil radares é o mínimo necessário para manter a segurança nas rodovias.
Fonte: G1/Brasília, 15/07/2019