Os seguros de veículos movimentam um total de R$ 274 bilhões anualmente no Brasil. É o que informou o relatório da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), publicado no ano de 2021. Porém, o número de veículos que não estão assegurados por uma seguradora ainda é grande. É o que informa a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg). De acordo com a CNseg, 70% dos veículos no Brasil não possuem seguro.
Mesmo assim, também de acordo com o relatório da SUSEP, em 2020, mesmo com a pandemia, o segmento automotivo foi o segundo maior dentro do mercado de seguros, representando 28% de todos os seguros contratados no Brasil, atrás somente dos seguros pessoais, com 36%. Pensando nisso, novas regras foram implantadas para que a adesão seja maior por parte dos proprietários de veículos.
Hoje, a apólice do seguro passou a ser vinculada ao motorista, não apenas ao veículo. Com isso, a cobertura contratada poderá levar em consideração a rotina dos motoristas, para que o valor cobrado pelo serviço possa também levar em consideração as condições financeiras dos condutores. O que faz as empresas de seguros terem que se adaptar ao mercado para se destacarem em meio às concorrentes.
Para Eduardo Kaneko, diretor da Luna, as movimentações do mercado de seguros têm se concentrado no on-line devido à possibilidade de oferecer serviços de comparação entre empresas e também ao recurso de direcionar melhor as opções de seguros às necessidades de cada cliente, através de Inteligência Artificial.
Em 2022, com o fluxo de veículos normalizado após os dois últimos anos de pandemia, a tendência é que os motoristas voltem a buscar alternativas para manter o seu veículo mais seguro. E as seguradoras deverão estar preparadas para atender esses condutores. “Hoje, como consumidor, você precisa ir a vários lugares diferentes para lidar com coisas diferentes para o seu carro e as empresas precisarão mudar isso se quiserem se manter no mercado”, explica Kaneko. (Foto: arquivo CNB)
Fonte: Dino, 16/03/2022