Segundo aponta a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou e variou 0,51% em julho, ante 1,87% no mês anterior. Contribuíram para esse resultado a normalização dos fretes e da oferta de alimentos nos supermercados pelo País após a greve dos caminhoneiros. O índice, que é usado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis, acumula alta de 5,92% no ano e de 8,24% em 12 meses. Em julho de 2017, o índice havia caído 0,72% e acumulava queda de 1,66% em 12 meses.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, também segundo informação da FGV, variou 0,44% em julho, ante 1,09% em junho, com seis das oito classes de despesa componentes do índice registrando recuo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Alimentação (1,55% para -0,19%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 10,21% para -21,45%.
Também apresentaram recuo em suas taxas de variação os grupos Transportes (1,43% para 0,28%), Vestuário (0,81% para -0,84%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,52% para 0,27%), Habitação (1,45% para 1,37%) e Despesas Diversas (0,08% para 0,07%). As principais influências observadas partiram dos seguintes itens: gasolina (5,53% para -0,43%), roupas (0,84% para -1,15%), médico, dentista e outros (0,91% para 0,68%), material para limpeza (2,23% para 0,45%) e alimentos para animais domésticos (0,33% para 0,03%).
Em contrapartida, apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,12% para 1,07%) e Comunicação (0,18% para 0,35%). Nestas classes de despesa, os maiores avanços foram observados para os seguintes itens: passagem aérea (-3,76% para 20,15%) e tarifa de telefone móvel (0,30% para 0,75%).
Fonte: da redação, com dados FGV, Ibre – Instituto Brasileiro de Economia, 30/07/2018