O fluxo de visitantes em shopping centers cresceu 16% em julho de 2023, em relação ao mesmo período do ano passado. Em relação às lojas físicas, houve alta de 5%, sendo 11% correspondente às lojas situadas na rua e 5% para aquelas dentro de shoppings. Os dados são da pesquisa Índices de Performance do Varejo (IPV), organizada pelo venture capital HiPartners Capital & Work, em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).
Na margem geral, há um movimento distinto entre os tipos de lojistas pelo ângulo da variação mensal – enquanto as lojas de rua caíram 2%, as situadas dentro de shopping centers cresceram 11% em fluxo na comparação com junho deste ano.
Em relação à quantidade de boletos (vendas), foi registrada alta de 9% para lojas físicas, frente ao mesmo mês do ano anterior. O crescimento para estabelecimentos de rua foi de 13%, enquanto dentro de shopping centers foi de 3%, resultado similar ao visto no relatório do mês anterior.
No faturamento, houve crescimento de 12% nas lojas físicas do Brasil como um todo, sendo de 17% exclusivamente para lojas de rua, e de 4% nas lojas situadas em shopping centers. Isto também refletiu em uma variação no tíquete médio nominal, com alta de 3% para lojas físicas em âmbito nacional, sendo 3% nos estabelecimentos localizados na rua e 1% para aqueles situados dentro dos shoppings.
A alta no fluxo de visitação em julho de 2023 em lojas físicas (5%), contra mesmo mês de 2022, foi homogênea, com exceção do Norte. Enquanto a região registrava queda (-1%), as demais tiveram crescimento, com destaque para o Sul (15%), seguido do Sudeste (5%), Centro-Oeste (4%) e, por fim, Nordeste (1%).
Em relação ao volume de vendas, o movimento de alta (9%) para o Brasil foi generalizado territorialmente. O destaque positivo foi o Nordeste (15%), seguido pelo Sul e Centro-Oeste (8%) e, por fim, Sudeste e Norte (7%). Sobre o faturamento nominal, o maior crescimento também foi no Nordeste (20%), seguido pelo Sul (13%).
Entre os segmentos avaliados, o fluxo de visitação contou com alta em quatro dos cinco setores com dados para este mês. O destaque negativo foi o setor livros, jornais, revistas e papelaria, com queda de 26%. Já a maior alta foi percebida em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com crescimento de 28%.
No quesito volume de cupons (vendas), o destaque negativo fica para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2%). No sentido oposto, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos aparece novamente em alta, com crescimento de 16%. No faturamento nominal, repete-se o setor de destaque, com alta de 19%. Já a única queda passa a ser no setor outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,7%). Nenhum setor conta com retração no acumulado no ano.
Monitor Mercantil, 23 de agosto de 2023