Pelo oitavo mês consecutivo, o faturamento real do setor de serviços na cidade de São Paulo apresentou alta em relação ao mesmo mês de 2016. Com receitas de R$ 23,7 bilhões, o aumento foi de 10,6%, aproximadamente R$ 2,2 bilhões a mais do que em agosto do ano passado. É a maior cifra registrada em um mês de agosto pelo setor de serviços paulistano desde 2010. No acumulado do ano, o faturamento real cresceu 4,4%, atingindo R$ 186 bilhões. Nos últimos 12 meses, houve aumento, de 2,1%, segundo resultado positivo após a ligeira alta de julho (0,7%), interrompendo definitivamente as 22 quedas consecutivas anteriores.
Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), que traz o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal, elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo, fornecidos pela Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz-SP). A cidade São Paulo tem grande relevância nos resultados estaduais e nacionais do setor de serviços, representando aproximadamente 20% da receita total gerada no País.
Das 13 atividades pesquisadas, nove apontaram crescimento no faturamento real em agosto em relação ao mesmo mês do ano passado e garantiram o bom desempenho do setor. Os destaques ficaram por conta das atividades de: Agenciamento, corretagem e intermediação (35,7%); Serviços bancários, financeiros e securitários (32,2%); Saúde (17,4%); Construção civil (15,2%); e Simples Nacional (10,2%). Somadas, elas colaboraram positivamente com 11,2 pontos porcentuais (p.p) para o resultado geral.
É importante ressaltar que os segmentos de Agenciamento, corretagem e intermediação; Saúde; Simples Nacional; e Serviços bancários, financeiros, e securitários tiveram os maiores resultados históricos para o mês. Segundo a Federação, esses dados evidenciam a tendência de recuperação que se consolida - e também se amplia -, com taxas crescentes de expansão.
Os resultados menos expressivos foram vistos nas atividades de Turismo, hospedagem, eventos e assemelhados (-20,4%); Técnico-científico (-7,9%); Conservação, limpeza e reparação de bens móveis (-7,4%); e Representação (-0,7%), que, em conjunto, impactaram negativamente com 1,1 ponto porcentual para o resultado geral do setor de serviços na cidade de São Paulo.
Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, a queda da inflação e o ciclo de cortes na taxa básica de juros, variáveis determinantes de consumo, vêm contribuindo para a continuidade do bom desempenho das receitas do setor de serviços no município, o que acaba sendo um bom termômetro da atividade econômica geral.
A entidade ressalta, contudo, as necessidades de uma reativação ampla e contínua das demais atividades, do aumento do emprego e da recomposição da renda da população para que se possa ter uma retomada consistente da economia como um todo.
Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS) é o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal e utiliza informações baseadas nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo, por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Prefeitura de São Paulo e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O indicador conta com uma série histórica desde 2010, permitindo o acompanhamento do setor em uma trajetória de longo prazo.
As atividades foram reunidas em 13 grupos, levando em conta as suas similaridades e a representação no total do que é arrecadado do ISS no município. Por meio dos relatórios gerados, é possível identificar o total do faturamento (real e nominal) por atividade, as variações porcentuais em relação ao mesmo mês do ano anterior (T-T/12) e mês imediatamente anterior (T-T/1) e o acumulado no ano.
Fonte: FecomercioSP, 9 de outubro de 2017
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