O setor de serviços na cidade de São Paulo segue trajetória de alta e, em setembro, registrou faturamento real de R$ 28,7 bilhões, a maior cifra para o mês desde o início da série histórica, em 2010. Se comparado ao mesmo período de 2017, houve crescimento de 11,4%, o que representa um montante R$ 2,9 bilhões superior nas receitas do setor. As vendas avançaram 14,8% de janeiro a setembro. No acumulado de 12 meses, a alta foi de 13,5%.
Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), que traz o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal, elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo, fornecidos pela Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz/SP). A cidade de São Paulo tem grande relevância nos resultados estaduais e nacionais do setor de serviços, representando aproximadamente 20% da receita total gerada no País.
Das 13 atividades pesquisadas, nove apontaram expansão no faturamento real em relação a setembro de 2017, sendo elas: mercadologia e comunicação (133,4%); educação (28,4%); jurídicos, econômicos, técnicos - administrativos (21,1%); agenciamento, corretagem e intermediação (15%); representação (12,3%); técnico-científico (9%); turismo, hospedagem, eventos e assemelhados (6,6%); serviços bancários, financeiros e securitários (6,1%); e, conservação, limpeza e reparação de bens móveis (0,6%). Juntas, as atividades contribuíram positivamente para o resultado geral com 12,8 pontos porcentuais (p.p.).
No sentido contrário, os resultados negativos ficaram por conta dos seguintes segmentos: saúde (-7,2%); construção civil (-5,8%); outros serviços (-3,9%); e, Simples Nacional (-1,6%). Essas quatro atividades contribuíram negativamente com 1,4 ponto porcentual para o resultado geral.
De acordo com a FecomercioSP, a recuperação nas receitas do setor observada ao longo do ano vem sendo incisiva, apresentando índices de crescimento de vendas em todos os meses, o que tende a continuar no último trimestre de 2018. Além disso, o bom desempenho de serviços se deve à recuperação gradual da economia e dos demais setores, com a melhora dos principais indicadores ligados à renda, emprego e crédito, refletindo positivamente na confiança dos consumidores e empresários.
Para a Entidade, no entanto, algumas atividades ainda não conseguiram recuperar as suas receitas, como é o caso da construção civil. Visto que a crise econômica (2014-2016) afetou fortemente os investimentos públicos e privados e o mercado imobiliário brasileiro, a retomada desse segmento somente se dará com o crescimento consolidado da economia e com a atenção para os índices conjunturais (emprego, renda, inflação, PIB, juros, dentre outros).
Fonte: Fecomercio, 04/12/2018