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Excesso de otimismo inicial só atrapalha avanço de elétricos

Estudo encomendado pela Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores) sobre compra de veículos “eletrificados” no Brasil apontou que 88.000 unidades deixaram de ser vendidas em 2024. O relatório já mostra um equívoco ao partir da premissa de que híbrido seja uma “espécie” de elétrico. Na realidade é uma opção mais racional dentro de uma transição claramente precipitada e errática, não apenas no Brasil.

A pesquisa se preocupa em apontar situações como “insegurança causada por posts e vídeos negativos”. Parte do pressuposto de inexistência de contrabalanço por vários sites e posts com apologia exagerada ao elétrico (“lovers”) e que acabam levando o comprador a escolha equivocada ou inadequada. Desvalorização no mercado de usados também gera mais insegurança do que posts exagerados e, às vezes, cômicos dos chamados “haters”.

Quem compra um híbrido plugável, por exemplo, quer evitar aborrecimentos de alcance limitado e procura por pontos de recarga principalmente em estradas ou tempo de espera.

Mercado mundial de elétricos, mesmo na China, passa por momentos de incertezas. Isso se reflete em países onde o poder aquisitivo é uma das barreiras iniciais, a exemplo do Brasil. No exterior, ora as vendas caem, ora se recuperam.

O assunto preocupa governos e fabricantes. Isso motivou o influente site Automotive News Europe (ANE) a reservar um painel de discussão no seu tradicional congresso, este ano em junho próximo, em Turim, Itália.

Sob o tema Uma estrada acidentada para a eletrificação, ANE destacou: “União Europeia e Reino Unido determinaram que só carros de emissão zero poderão ser vendidos a partir de 2035. Há apenas alguns anos, parecia viável. Mas, pandemia, guerra na Ucrânia, inflação, tarifas e outras questões tornaram esse prazo incerto". (Imagem: divulgação)

AutoIndústria, 23/04/25

Categoria: Geral


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