Parking News

Estapar não quer estacionar (Fortaleza/CE)

 

A gigante dos estacionamentos Estapar, com faturamento de R$ 1,4 bilhão e controlada por BTG, Equity International, Crescera Investimentos (antiga Bozano) e Franklin Templeton, chegou a Fortaleza. Já opera no BS Tower e estreia em janeiro no BS Design, ambos na Aldeota. O presidente da companhia, André Iasi, conversou com a Coluna sobre planos para o Ceará, novos hábitos e concorrência desleal.

O POVO - O que significa Fortaleza para a Estapar?

André Iasi - Significa um mercado grande, de uma cidade que cresce muito e vai continuar crescendo nos próximos anos. Com maior urbanização e com mais consumo de mobilidade urbana. A Estapar como companhia de mobilidade urbana vai prover mais e melhor serviço para a Cidade nos próximos anos. Na sequência vamos prospectar shoppings, hospitais, universidades e outros que sejam polos geradores de tráfego. Vamos crescer.

OP - Como lidar com os novos meios de locomoção e em que medida eles estão a impactar o negócio?

André Iasi - O que a gente vê é que estacionamento está diretamente ligado, de maneira inversamente proporcional, à falta de transporte de massa. Não há qualidade e quantidade suficientes. Uma das mazelas do Brasil é a falta desse transporte. Com isso, o cidadão teve empurrado para ele a solução de locomoção. O que vemos é que os aplicativos são apenas paliativos. Não são definitivos.

OP - E o impacto?

André Iasi - Estudos mostram na Estapar que em grandes cidades, mesmo com aplicativo, o fluxo dos estacionamentos não caiu. Se mantém crescendo. É atrelado ao PIB. Se dá pela falta do transporte coletivo e pelo crescimento da urbanização. Estacionamento tem a função de tirar carro da rua. Aplicativos mantêm mais carro na rua. Não são ameaça ao setor. Pelo contrário, as empresas de aplicativos são clientes do setor. Grandes locadoras também. Estacionamentos estão se tornando hub de mobilidade. Vários serviços de mobilidade urbana acontecem neles. Patinetes, bicicletas, e carros de aplicativo, como área de embarque e desembarque. Exemplo é o Aeroporto Santos Dumont (Rio) e em breve o de Brasília.

OP - No boom de concessões de aeroportos, Juazeiro do Norte interessa?

André Iasi - Tirando o de Fortaleza, que infelizmente não operamos, a grande maioria dos grandes são nossos. Galeão, Santos Dumont, Congonhas, Salvador, Recife, Natal, João Pessoa, Maceió. Cerca de 80% dos passageiros do País operamos. Quanto a Juazeiro, já operamos com a Aena, também detentora da concessão de Recife (a espanhola Aena foi a vencedora do leilão e administrará, durante 30 anos, os aeroportos do bloco Nordeste - formado pelos terminais do Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju (SE), Juazeiro do Norte (CE), João Pessoa (PB) e Campina Grande (PB). Estamos conversando. Existe a possibilidade. Se tivermos êxito na concorrência.

Fonte: O Povo - Fortaleza - Economia - CE - 13/12/2019

Categoria: Geral


Outras matérias da edição

Aproveitem o momento!

Previsões, análises, perspectivas... É final de ano, época de balanço e de renovar as esperanças (...)


Seja um associado Sindepark