Por Miriam Novaes* - Em meio a notícias de nova cepa do coronavírus, da CPI da Covid, falta de confiança do consumidor em voltar a comprar com tranquilidade, indefinição ainda sobre a reforma tributária (ampla ou fatiada) e a administrativa e, claro, muitas discussões sobre a final do campeonato paulista, porque afinal de contas ninguém é de ferro, e o esporte está aí para ajudar a desviar o foco de tantas preocupações, destacar reações positivas da economia nos permite prever um futuro melhor e não tão distante.
Os desafios continuam grandes para as empresas, de todos os segmentos e portes, mas, segundo o ministro Paulo Guedes, a economia brasileira parece estar se acelerando. Ele justifica tal afirmação pelo fato de os dados da arrecadação federal mostrarem um aumento em abril de 45,22% em relação ao mesmo mês de 2020, atingindo R$ R$ 156,8 bilhões.
E mais: de acordo com a Receita Federal, este foi o melhor resultado para o mês de abril da série histórica da arrecadação federal, iniciada em 1995.
A arrecadação de impostos, contribuições e receitas federais teve amento em todas as dimensões tributárias, o que justifica o otimismo do ministro. Apesar de alguns impostos recebidos terem sido represados de adiamentos por conta da pandemia, o resultado permite prever um cenário melhor para os próximos meses.
Outro dado animador é a previsão, por analistas do mercado, de que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro atinja até 4% em 2021. Ou seja, um ritmo de recuperação mais alto do que as expectativas.
Entre os setores que já enxergam uma luz no fim do túnel estão os ligados ao lazer, turismo e entretenimento. Estão chamando de “efeito champanhe”, principalmente para aquelas empresas que conseguiram manter sua saúde financeira durante a pandemia e agora preveem um “estouro da rolha” no país, semelhante ao que já acontece em outros países.
Reposicionar as empresas parece ser a palavra de ordem, muitas vezes mudando de rota, investindo em novos produtos, ampliando seus serviços, medidas adotadas no período de restrição das atividades que devem ser incorporadas em definitivo. O destaque é sempre a inovação, a adaptação, porque nada, ou quase nada, será como antes.
*Miriam Novaes é jornalista, responsável pela edição do Parking News
Nota: Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do SINDEPARK.