
O carro foi desenhado pelo estúdio Ghia, sob a coordenação de Elwood Engle, designer que criou o primeiro Ford Thunderbird (qualquer semelhança, portanto, não é mera coincidência). A frente era igual à do Ford e na traseira a única diferença eram as linhas mais aerodinâmicas, até certo ponto difícil de agradar. Além das grandes lanternas horizontais, o Turbine trazia dois cones que imitavam a saída de ar das turbinas. Este pequeno cupê de duas portas tinha assentos individuais, toda a pinta de carro esporte.
O motor do Chrysler era uma turbina comum, com três rotores. Entre o primeiro e o segundo, havia uma câmara de combustão onde estava o sistema de injeção. O terceiro rotor era movimentado pelos próprios gases da queima do primeiro estágio, e transmitia a força para uma caixa de transmissão de três velocidades, chamada Torqueflite.
A montadora tinha planos audaciosos para o seu conceito, que ganharia escala mundial e mudaria completamente a história dos automóveis. O motor podia ser alimentado com gasolina, diesel, querosene e até óleo vegetal.
Foram produzidas 55 unidades, distribuídas a possíveis consumidores, que utilizariam o carro no dia-a-dia. No total, 203 pessoas testaram o carro por vários meses em 1963. O resultado não foi animador: o alto consumo de combustível, nível de ruído que chegava a incomodar, pouco torque em baixa rotação, além de vários casos de superaquecimento, foram as queixas mais freqüentes. A minoria aprovou o uso do Turbine no uso cotidiano e o projeto foi definitivamente abandonado.
Dos 55 carros produzidos, a maioria foi destruída e alguns foram doados a museus. Em 1999, um dos sobreviventes foi fotografado rodando na cidade de Hershey, no Estado da Pennsylvania. O carro pertence ao Antique Automobile Club of America e costuma aparecer em eventos especiais. Aparições rápidas, como um flash.
Fonte: site Webmotors, 2 de julho de 2008