Abandono talvez seja a palavra que melhor defina o sistema de cobrança pelas 37.760 vagas de estacionamento público do Rio de Janeiro. Aprovada desde agosto pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), a licitação que traria à concorrência empresas para controlar o sistema de parquímetros da cidade encontra-se estacionada pela prefeitura.
Isto porque, após pagar por estudo e submetê-lo ao órgão fiscalizador, o próprio governo municipal julga “serem necessários ajustes” e não tem qualquer perspectiva para execução do projeto que possibilitaria o pagamento eletrônico com tarifas pré-definidas, que já foi considerado solução em várias cidades para as cobranças de flanelinhas e tíquetes. Pairam dúvidas quanto ao sistema que custaria R$ 105 milhões e seria controlado por 15 anos pela empresa vencedora.
O mapeamento e o número final de terminais espalhados pelo Rio, que aceitariam débitos por cartões, moedas e até aplicativos de smartphones, ainda não foram definidos. Inicialmente, estimou-se que seriam cerca de 1.200. Além disso, o custo das tarifas, que oscilariam de acordo com a região da cidade, está sendo calculado. Ainda que os termos fossem ajustados em breve, não seria possível garantir a implantação rápida do serviço, já que, com novos valores, o projeto deve ser novamente submetido ao TCM.
Fonte: O Dia (RJ), 6 de outubro de 2015