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Venda de seminovos cresce 32% e sinaliza desaceleração do 0 km

Na segmentação dos veículos usados por tempo de uso, a categoria que mais cresce este ano é a dos seminovos, aqueles com até 3 anos de usado. Foram comercializadas 1.370.816 dessas unidades nos primeiros cinco meses do ano, expressiva alta de 32,3% sobre total de 1.036.170 transações no mesmo período de 2024.

Na outra ponta, a dos chamados velhinhos – acima de 13 anos – verifica-se a segunda maior alta entre os usados nesse mesmo comparativo, da ordem de 21,5%, de 2.486.896  para 2.046.423 unidades. É o bloco de maior volume, conforme dados da Fenauto, entidade que representa os lojistas multimarcas de veículos seminovos e usados, incluindo leves, pesados e motos.

As demais categorias são as dos Jovens (4 a 8 anos)  e maduros (9 a 12 anos) com altas de, respectivamente, 5,1% e 0,7% no comparativo interanual. No total, o mercado de usados atingiu 6.913.361 transações em 2025, expansão de 14,3% sobre janeiro a maio do ano passado  (6.048.587).

O movimento de alta dos seminovos acima da média dos usados reflete uma desaceleração na procura por 0 km, conforme avalia Enilson Sales, presidente da Fenauto. Assim como no acumulado do ano, o desempenho dos usados com até 3 anos de uso foi o melhor no comparativo de maio com abril, uma evolução de 5,3% ante a média de 3,5%.

“Alguns fatores justificam essa alta maior no caso dos seminovos, sendo uma delas a dificuldade maior no momento de o consumidor adquitir um carro 0 km”, explica Sales.

Além disso, complementa, a maior oferta de seminovos no mercado brasileiro contribui para atrair mais consumidores. Esse aumento, segundo o presidente da Fenauto, reflete dois movimentos:

“Com o aquecimento das vendas no final do ano passado, os seminovos entraram na troca, garantindo um estoque mais robusto desses modelos nas lojas. E a oferta segue em alta este ano porque as locadoras decidiram renovar frota, desovando os usados para comprar novos”.

Assim como a Fenabrave e a Anfavea, também a Fenauto está prevendo um ritmo menor de vendas nos próximos meses. Em maio, inclusive, houve queda de 1,4% na média diária de vendas sobre abril, o que sinaliza que o crescimento de 14% no mercado de usados no acumulado do ano  deve ser menor a cada mês, fechando 2025 com alto entre 5% e 6%.

No caso dos carros 0 km, o presidente executivo da Anfavea, Igor Calvet, informou na semana passada que o varejo indica queda no acumulado dos primeiros cinco meses, ou seja, são as vendas diretas que estão garantindo crescimento no ano. Os juros altos e o aumento da inadimplência tem sido decisivos para a desaceleração já em curso no mercado automotivo. (ImagCNB)

AutoIndústria, 11/06/25

Categoria: Geral


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