Desestimular o uso do transporte motorizado individual – o automóvel – será o principal conceito do Plano de Mobilidade Urbana do Recife, que está sendo elaborado desde 2015 pela prefeitura. O desestímulo virá com redução da velocidade das vias, pedestrianização de ruas, ampliação dos estacionamentos rotativos e exigência de infraestrutura de apoio ao pedestre e ao ciclista pelos chamados polos geradores de viagem e tráfego.
A priorização ao transporte público coletivo e ao transporte ativo (mobilidade a pé e bicicletas) será o contraponto às dificuldades que o plano irá criar para o automóvel. Por isso, a ampliação e padronização de calçadas e da infraestrutura cicloviária são metas do plano. É o que garantem os técnicos da gestão municipal.
Extraoficialmente já se fala em medidas proibitivas e/ou taxativas de circulação do transporte individual em algumas áreas da cidade – cobrança de pedágio, por exemplo – e até da possível implantação de rodízio. O aperto será dado, também, nos estacionamentos. Na proposta, a prefeitura teria a gestão da oferta dos estacionamentos próximos aos polos geradores de viagens, com a utilização do sistema rotativo de vagas com cobrança – o Zona Azul.
Fonte: Jornal do Commercio - Recife - 28/03/2018