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Redução da oferta de aplicativos e o impacto nos estacionamentos

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Por Jorge Hori*

Quando chegar ao fim a recessão econômica e ocorrer a retomada das atividades econômicas, as empresas de estacionamento pago estarão diante de novos desafios ou será apenas a retomada do quadro anterior?

Grandes mudanças vêm sendo anunciadas, com a introdução de novas tecnologias, afetando a indústria automobilística e, por consequência, os negócios dos estacionamentos. Embora anunciadas como de implantação imediata, na realidade, a maioria levará ainda longos anos para ser efetivada.

Uma das principais inovações, já implantada, é dos aplicativos de chamada de automóveis, como o 99, Cabify, Uber e outros. Melhorou a vida dos usuários pela facilidade e disponibilidade de atendimento. Piorou a mobilidade urbana, pela maior circulação dos automóveis, mesmo com uma frota menor, e teve impacto negativo sobre o negócio dos estacionamentos. Com a redução da demanda.

Os detentores dos aplicativos aproveitaram o momento econômico para popularizar o seu uso, oferecendo preços menores, através da compressão da remuneração dos prestadores de serviços. Dentro da crise econômica e de empregos, ser motorista de aplicativo foi uma grande oportunidade de obter alguma renda, seja para cobrir as perdas em função da demissão do emprego ou para complementar a renda.

Com a retomada dos empregos, muitos motoristas dos aplicativos deixarão de sê-lo, preferindo o emprego fixo. São profissionais bem remunerados, mas perderam o emprego, em função da retração econômica. Voltarão ao emprego, ganhando mais e trabalhando menos horas.

Outros tentarão se manter na atividade, como suplementação de renda. Como estarão trabalhando num emprego durante o dia, buscarão a complementação no horário noturno.

Durante o dia deverá ocorrer a escassez dos serviços, pela redução da oferta. O que poderá levar as pessoas a voltarem a usar mais o carro próprio, para não ficar dependendo da espera dos carros dos aplicativos. Já no período noturno poderá haver maior oferta, impactando o movimento dos estacionamentos que atendem às casas de espetáculo.

O efeito dos aplicativos de chamada de automóveis terá impactos diferenciados na atividade de estacionamentos.

* Jorge Hori é consultor em Inteligência Estratégica e foi contratado pelo SINDEPARK para desenvolver o estudo sobre a Política de Estacionamentos que o Sindicato irá defender. Com mais de 50 anos em consultoria a governos, empresas públicas e privadas, e a entidades do terceiro setor, acumulou um grande conhecimento e experiência no funcionamento real da Administração Pública e das Empresas. Hori também se dedica ao entendimento e interpretação do ambiente em que estão inseridas as empresas, a partir de metodologias próprias.

NOTA:

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do SINDEPARK.


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