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Mobilidade urbana e tendências que impactam o futuro dos estacionamentos

O setor de estacionamentos, inserido no ecossistema da mobilidade urbana, enfrenta impactos diretos das mudanças econômicas e regulatórias previstas para 2025. Sergio Morad, vice-presidente de Comunicação da Associação Brasileira de Estacionamentos (Abrapark), destaca que a atividade, sendo um serviço intermediário, é altamente influenciada pelo desempenho da economia nacional.

“Se a economia arrefecer neste ano, poderemos observar uma redução no fluxo de veículos”, afirma Morad. Além disso, o aumento do custo dos combustíveis pode se tornar um obstáculo para o crescimento do setor, uma vez que impacta diretamente o uso do transporte individual, segmento que apresentou crescimento nas grandes cidades nos últimos anos.

 

A crescente necessidade de profissionais capacitados para lidar com novas tecnologias também representa um desafio para as empresas terceirizadas. Segundo Morad, a chegada de inovações ao setor levou as empresas associadas à Abrapark a adotarem medidas para enfrentar a escassez de mão de obra qualificada.

“Buscamos valorizar os ganhos salariais e os benefícios, que continuam sendo fatores de incentivo importantes na contratação”, explica. Além disso, a capacitação contínua dos profissionais, por meio de treinamentos e reciclagens, tem sido uma prioridade. Esse processo é essencial para preparar os trabalhadores para o uso de equipamentos automatizados de controle de tráfego, sistemas de gestão e meios de pagamento modernos.

Morad também ressalta a importância do combate à informalidade no setor. “As empresas associadas à Abrapark atuam de forma responsável e comprometida com a formalidade, garantindo um serviço de qualidade ao contratante e à sociedade”, enfatiza.

A modernização do setor também passa pela adoção de novas tecnologias para aprimorar a experiência do cliente. “É fundamental oferecer conforto e facilidade, diversificando os meios de pagamento e investindo em equipamentos e sistemas sofisticados”, destaca Morad.

Entre as inovações destacadas estão as câmeras OCR, que realizam a leitura de placas para gestão de dados, e o uso de inteligência artificial para implementar tarifas flexíveis baseadas no fluxo de veículos. Essas medidas buscam otimizar o uso dos estacionamentos e melhorar a eficiência operacional.

A Abrapark também tem planos para ampliar serviços, incluindo a instalação de carregadores para veículos elétricos e a criação de espaços para bicicletas em determinados empreendimentos. “Essas iniciativas incentivam a mobilidade ativa e contribuem para a melhoria da qualidade de vida nas metrópoles”, pontua Morad.

Outro objetivo é aumentar a oferta de vagas de estacionamento, direcionando os veículos para espaços internos e liberando as vias públicas para a circulação de automóveis e modais alternativos, como bicicletas. “A boa gestão do estacionamento regulamentado em vias públicas desempenha um papel fundamental na mobilidade urbana”, reforça.

Com um olhar atento às transformações econômicas e tecnológicas, a Abrapark segue comprometida com soluções inovadoras que beneficiem tanto o setor de estacionamentos quanto a mobilidade urbana de forma ampla.

Infra, 6 de março de 2025

Categoria: Fique por Dentro


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