Há 35 anos surgia no Brasil o Fiat Uno. Lançado em agosto de 1984, ele inovou o mercado pelo bom aproveitamento do espaço interno e pelo desenho com baixo coeficiente aerodinâmico (Cx 0,36) criado por Giorgetto Giugiaro. Naquela década ele representou a Fiat em um movimento das montadoras pela produção local de projetos mundiais. Da GM havia o Monza, da Ford, o Escort e da VW, o Santana.
Desde o lançamento da primeira geração do Uno até julho de 2019 a fábrica de Betim (MG) produziu cerca de 4 milhões de unidades. Além de abastecer o mercado brasileiro, o Uno é exportado para Argentina, México, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Chile, Uruguai, Bolívia e Peru.
Vale dizer que o Uno deu origem ao conceito de carro popular com motor 1.0. O governo concordou em baixar de 40% para 20% a alíquota de IPI para carros com motores até 1.000 cc. Na época a Fiat exportava para a Itália o Uno Bee e já tinha pronta a solução.
Surgia então o brasileiro Uno Mille. A partir daí suas vendas decolaram. Passaram de 44,2 mil unidades em 1989 para 60,7 mil em 1990 e para 100,5 mil em 1991. Em 1994 foram 224 mil Uno vendidos no Brasil.
Em 2010 a Fiat lançou a nova geração do Uno, que conviveu até o fim de 2013 com a carroceria antiga. Em 2016 o Uno estreou os motores Firefly 1.0 (três cilindros) e 1.3 (quatro cilindros). Na época a Fiat investiu RS 1 milhão entre mudanças no carro e na reformulação da fábrica de motores.
Atualmente, o Uno ocupa apenas a 33ª posição no ranking de automóveis, com 11,8 mil unidades emplacadas em todo o ano. Como comparação, o Fiat Argo registrou 42,8 mil licenciamentos no período e o Fiat Mobi, 31,1 mil.
Fonte: Automotive Business, 26/08/2019