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Estacionamentos devem procurar oferecer atrativos

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Por Jorge Hori*

Os estacionamentos não vão acabar, como a Kodak, que de maior empresa mundial do setor fotográfico teve que recorrer à recuperação judicial para não sumir de vez.

A Kodak se acabou - por não se adaptar à evolução tecnológica - mas a fotografia não acabou. Ao contrário, aumentou a taxas incomensuráveis.

Alguém já se deteve para estimar quantas fotos se tiram hoje em dia, comparado com a época áurea da Kodak?

Os estacionamentos, como espaços físicos, continuarão sendo necessários enquanto houve frota de automóveis e seu uso.

Se eles forem autônomos ou com motorista. Movidos a gasolina, etanol ou eletricidade, não importa. Como um bem físico, precisa de espaços para circular e para ficar parado. A menos de tecnologias futuristas de desmaterialização para “guardar o automóvel na nuvem" e rematerializar quando necessário, continuará sendo necessário o espaço para o automóvel.

Quando a tecnologia de desmaterizalização e rematerialização molecular estiver disponível o próprio homem poderá se transportar, sem necessidade de utilizar um veículo.  Um dia isso poderá ocorrer.

Os automóveis não vão acabar, os estacionamentos não vão acabar. Mas nem todas as empresas que hoje operam os estacionamentos vão sobreviver. Muitas irão morrer de inanição. Quer dizer, sem demanda: sem carros interessados em parar nas suas vagas.

As empresas de estacionamento não podem ficar na crença ou esperança de que a redução da demanda foi decorrência da crise e que com a retomada do crescimento a demanda voltará e todos ficarão felizes. Não é isso que vai ocorrer.

Em muitas situações, a demanda perdida não voltará, com a retomada da economia.

Cada empresa de estacionamento terá que desenvolver maior acuidade para perceber as motivações dos seus clientes para mantê-los. Ou até para conquistar novos. Que serão em detrimento dos seus concorrentes.

Os estacionamentos enfrentarão dois grandes concorrentes: um são os aplicativos, que farão com que o cliente não chegue com o seu carro no destino. Outro é a empresa de estacionamento concorrente que estará oferecendo algum diferencial para atrair o seu cliente.

As empresas de estacionamento deverão refletir sobre as seguintes questões:

- o que oferecer de atrativo para o motorista que prefere ir ao seu destino com carro de terceiros, chamado por aplicativo, e não com o seu próprio?

- o que oferecer de diferencial para que o motorista com carro próprio vá ao seu estacionamento e não ao concorrente?

 * Jorge Hori é consultor em Inteligência Estratégica e foi contratado pelo SINDEPARK para desenvolver o estudo sobre a Política de Estacionamentos que o Sindicato irá defender. Com mais de 50 anos em consultoria a governos, empresas públicas e privadas, e a entidades do terceiro setor, acumulou um grande conhecimento e experiência no funcionamento real da Administração Pública e das Empresas. Hori também se dedica ao entendimento e interpretação do ambiente em que estão inseridas as empresas, a partir de metodologias próprias.

NOTA:

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do SINDEPARK.


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