Em Goiânia, há uma cidade quase do tamanho de Porangatu, localizada no Norte de Goiás e que possui 4,8 milhões de m2 de área, apenas para guardar veículos automotores. São 4,7 milhões de m2 na área construída da capital apenas de estacionamentos públicos e privados e de boxes de garagens nos prédios residenciais e comerciais. É um total de 11,87% dessa área construída. Se somarmos a isso a área das ruas de toda a macrozona urbana, a conta chega a 19,58% deste território.
Ainda assim, há veículos suficientes na cidade para ocupar espaço além do que é construído apenas para eles e por isso vemos carros e motos estacionados pelas ruas, calçadas, praças e lotes vazios. Motoristas reclamam da dificuldade em encontrar uma vaga de estacionamento, mesmo que a Prefeitura de Goiânia ainda não tenha serviço de guincho para coibir paradas irregulares e a fiscalização seja falha. Em dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) do final do ano passado, a frota emplacada na capital é de 1.138.967 veículos.
Apenas para se ter uma ideia, se toda essa quantidade fosse de carros populares e eles estivessem dispostos na área construída de Goiânia, ocupariam 19,29% da capital. Ou seja, na comparação do que é construído apenas para veículos, de 11,87% da área, ainda restaria 7,42% do território para guardar carros. Por isso, há lotes valorizados na cidade cuja destinação é a de estacionamentos privados em setores como Centro, Bueno e Marista. Ao mesmo tempo, o mercado imobiliário acredita que a falta de uma garagem em um condomínio residencial chega a desvalorizar um imóvel em até 25%.
Fonte: O Popular - Goiânia - 11/02/2018