Por Jorge Hori* - A incontestável eleição de Jair Bolsonaro para a Presidência de República, para um mandato entre 2019 e 2022, em acirrada disputa contra o lulo-petismo, traz para o mercado uma fase de euforia, que poderá resultar na realização de investimentos e aumento de produção.
As vendas da "black friday" deste ano deverão superar as anteriores e gerar um ambiente de animação entre os consumidores, com uma expectativa de dias melhores.
Há o risco da inflação, mas uma safra agrícola abundante deverá minorar os riscos. Também a melhoria do clima deverá conter os aumentos da eletricidade.
Esse clima poderá perdurar ao longo do primeiro semestre de 2019, mas será comprometido pelos embates do Governo com o Congresso. Principalmente quanto à reforma previdenciária.
O mercado apoiou a eleição de Jair Bolsonaro, mas não foi o que o elegeu. O povo preferiu o Messias e, na onda, um importante grupo de deputados servidores públicos, civis e militares, que são contra qualquer reforma da Previdência dos servidores públicos.
A principal resistência às propostas da equipe econômica de Paulo Guedes será a nova bancada B, a bancada bolsonarista. Se esta for vencedora nos embates com a equipe econômica, o mercado irá refluir, voltando a falta de confiança. Com ela os investimentos, a maior produção e, consequentemente, os empregos.
As perspectivas econômicas para o primeiro semestre de 2019 são promissoras, mas a continuidade do crescimento dependerá de medidas estruturais, que só ocorrerão por pressões do mercado.
*Jorge Hori é consultor em Inteligência Estratégica e foi contratado pelo SINDEPARK para desenvolver o estudo sobre a Política de Estacionamentos que o Sindicato irá defender. Com mais de 50 anos em consultoria a governos, empresas públicas e privadas, e a entidades do terceiro setor, acumulou um grande conhecimento e experiência no funcionamento real da Administração Pública e das Empresas. Hori também se dedica ao entendimento e interpretação do ambiente em que estão inseridas as empresas, a partir de metodologias próprias.
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