O mês de julho teve a maior alta no índice de confiança do setor de serviços do Brasil desde setembro de 2013. O Índice de Confiança de Serviços (ICS) ultrapassou a pontuação de neutralidade, gerando um aumento na expectativa desse mercado.
Segundo o especialista Alberto Ajzental, que é economista e professor da FGV, os índices de confiança medem expectativas, humor e ânimo, pois mesmo se tratando de economia, são as pessoas que movimentam o setor, e pessoas são movidas por emoções. Ele completa ainda que o comportamento é fundamental para a economia.
A expectava do setor está ligada diretamente ao investimento, que é impulsionado pela ideia do retorno positivo. Entretanto, a decisão do cliente impacta diretamente na margem da confiança, pois o resultado final demonstra onde ele deposita a confiança do consumo. Se a confiança está positiva, o que é uma realidade, isso permite que haja investimento e gastos no setor. O serviço é intangível e perecível, uma vez que depende do momento no qual é oferecido.
A perspectiva de crescimento segue ativa com a diminuição do isolamento social, pois existe relação das ondas da Covid-19 com o índice negativo do setor. Essa correlação é analisada pela perspectiva de que, com o afastamento social, parte dos serviços deixam de ser ofertados, gerando queda, uma vez que 70% do PIB brasileiro é composto pelo setor de serviços.
A confiança no setor parte dos empresários que entendem que o cenário é promissor e positivo, desta maneira impactando diretamente na criação de vagas formais. Isso porque a ideia de medir a percepção e o humor parte do futuro da economia ser a atuação hoje.
R7/Escola e educação, 07/08/2022