O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) fechou o acumulado de 2024 com alta de 4,71%, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto de Geografia e Estatística) na última sexta-feira (27).
Isso significa... que o aumento da inflação superou o teto estipulado pelo governo neste ano, que era de 4,5%. Mas... ficou um pouco abaixo do mesmo índice de 2023 (4,72%). Na verdade, a taxa deste ano é a menor para o IPCA-15 prévio desde 2020 (4,23%). Em dezembro, a medida desacelerou a 0,34%, depois de marcar 0,62% em novembro. É o menor para meses de dezembro de 2018 (-0,16%).
O que contribuiu? No mês de dezembro, o IBGE associou a desaceleração do índice à queda dos preços da conta de luz. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) determinou o fim da bandeira vermelha, que aumentava o valor da conta. Do ponto de vista anual, os principais responsáveis pelo impacto negativo foram os alimentos e bebidas. O segmento teve a maior variação e a principal contribuição em 2024: 8% e 1,68 ponto percentual. A alta de 8% é a maior para o grupo desde 2022 (11,96%). Em 2023, foi de 0,83%.
Os preços da gasolina e dos planos de saúde ajudaram a pressionar o índice, subindo 0,44 ponto percentual e 0,31 ponto percentual, respectivamente.
Os motivos. Os preços foram jogados para o alto por conta, sobretudo, da redução da oferta de parte dos alimentos em meio a problemas climáticos.
Ainda, o dólar alto e as exportações aquecidas da carne não ajudaram.
FolhaMercado, 30/12/2025