O crescimento na utilização das soluções de Internet das Coisas (IoT) impulsionará o desenvolvimento de cidades inteligentes. De acordo com o instituto de pesquisas e consultoria Gartner, até 2020 metade dos objetivos das smart cities incluirá indicadores-chave de desempenho, também chamados de KPIs (do inglês Key Performance Indicators) de alterações climáticas, resiliência e sustentabilidade.
O que se espera é que a adoção de IoT traga mudanças significativas na forma como a sociedade se relacionará com a atividade econômica. Se hoje a energia que alimenta as cidades é majoritariamente gerada em grandes usinas hidroelétricas, nucleares ou termoelétricas, nas cidades do futuro a geração ocorrerá de forma renovável, descentralizada e pulverizada, onde cada prédio ou casa se transformará em um micro produtor conectado à rede de distribuição. Na construção de cidades inteligentes, os sensores têm um papel fundamental como agente de mudança.
De acordo com o Gartner, em 2017, cerca de 380 milhões de coisas conectadas estarão em uso nas metrópoles para alcançar os objetivos de sustentabilidade e alteração do clima. Esse número aumentará para 1,39 bilhão de unidades em 2020, representando 20% de todas as coisas conectadas em uso nas cidades inteligentes. Em 2017, os casos de uso em edifícios comerciais e transporte inteligentes serão os principais contribuintes, representando 58% de toda a base instalada de internet das coisas nas cidades inteligentes.
As previsões do Gartner reforçam como a Internet das Coisas revolucionará a forma de prestação de serviços pelas instituições privadas e públicas. Com a introdução de sensores e análise de dados, os governos poderão promover melhorias em mobilidade, gestão de recursos hídricos e em outras questões relevantes para o dia a dia dos cidadãos.
A saúde certamente será outra área beneficiada nos projetos de Smart Cities, uma vez que as soluções de IoT poderão tornar a gestão de recursos hospitalares - leitos e medicamentos- mais eficiente, além de permitir o monitoramento remoto de pacientes e a implementação de quartos inteligentes, onde a pessoa pode interagir e tirar suas principais dúvidas utilizando ferramentas de Inteligência Artificial.
Os benefícios oferecidos pelas coisas conectadas não param por aí. A tecnologia pode incentivar a utilização de centros de monitoramento de emergências integrados, reunindo serviços policiais, de bombeiros, guarda civil e de previsão meteorológica para coordenação de ações preventivas, como em situações de inundação ou incêndio, dentre outros tantos exemplos.
Os municípios também podem monitorar toda a frota de transporte público para otimização das rotas, garantindo agilidade e segurança. Um dos fatores que deve impulsionar a adoção das novas tecnologias para cidades inteligentes é a sua capacidade de inclusão social. A facilidade de acesso aos serviços públicos e o maior volume de informações dos cidadãos irão se reverter em uma grande eficiência da gestão pública.
Segundo o Gartner, as cidades se tornarão centros ambientais de excelência para o desenvolvimento de novas tecnologias, figurando um local de teste de estresse para a indústria. Que venham novos avanços para tornar as metrópoles mais acessíveis, sustentáveis e inclusivas!
Fonte: DCI - 27/01/2017