A China manteve o status de líder do mercado global de veículos em 2015 ao encerrar o período com um novo recorde de vendas de 24,6 milhões de unidades, segundo a CAAM, associação que reúne as montadoras daquele país. O volume ficou 4,7% acima do registrado no ano anterior, superando as expectativas dos analistas que previam aumento de 3%. O volume também superou em 7,4 milhões de unidades o total de emplacamentos nos Estados Unidos no ano passado, que também teve recorde com 17,2 milhões.
Embora o mercado tenha fechado em alta, o índice de crescimento em 2015 foi menor do que em anos anteriores, 10% em 2014 e 16% em 2013, sempre na comparação anual, revelando desaceleração do mercado automotivo chinês.
Grande parte do crescimento é reflexo do subsídio do governo que reduziu pela metade o imposto para modelos menores. Até meados de setembro, a China registrou índices negativos de vendas acumuladas. Em outubro o mercado retomou o fôlego após a redução de imposto em 5% sobre as vendas de automóveis com motores até 1.6, segmento que responde por quase 70% do total das vendas no país.
Segundo a CAAM, em 2016 os negócios podem chegar a 26 milhões de unidades, o que representaria alta de 7% sobre o ano passado, auxiliadas principalmente pelo incentivo do governo. Contudo, a associação das fabricantes alertou que a redução do imposto, que vigora até o fim deste ano, poderia levar os consumidores a uma antecipação de compra, reduzindo os volumes em 2017, quando não há previsão de qualquer nova fonte de crescimento dada a economia doméstica mais branda. Essa redução de imposto foi significativa, uma vez que respondeu por aproximadamente 70% das vendas de automóveis no quarto trimestre. Em dezembro, as vendas de automóveis da China cresceram 18% sobre igual mês de 2014, após um aumento de 24% em novembro e um ganho de 13% em outubro, quando o incentivo entrou em vigor.
Fonte: Automotive Business, 15 de janeiro de 2016