Por André Turquetto* - Parte considerável da economia global depende do transporte de produtos e das pessoas para girar. Segundo dados do Oliver Wyman Forum, até 2030 o mercado mundial de mobilidade vai crescer cerca de 75%, saindo de US$ 14,9 trilhões em 2017 para US$ 26,6 trilhões em 2030. É preciso conectar a ideia de mobilidade aos meios de transportes, mas também levar em conta aspectos como o planejamento urbano, a sustentabilidade, a tecnologia, a segurança e a saúde.
Nas rodovias, observamos demanda por novas soluções que impactam o fluxo de veículos de forma positiva. A passagem automática em pedágios foi movimento contundente de mudança e que vem transformando o setor, à medida em que pessoas ganham tempo com o pagamento rápido. Também ganha importância a adoção do sistema de pedágio free flow, em que a tarifa é cobrada proporcionalmente à distância percorrida, sem a necessidade de praças físicas. No Estado de São Paulo há três projetos de free flow sendo testados: em Campinas, Jundiaí e Mogi Mirim.
Já no perímetro urbano, tendências são ainda mais abrangentes. As pessoas querem escolher mais de um modal para seus trajetos e precisamos pensar na experiência de MaaS (Mobilidade como Serviço) de forma modular. Em vez de cobrir toda a viagem de casa para o trabalho, o consumidor pode utilizar alternativas para pequenos trajetos, como ir de uma estação de Metrô até o ponto de ônibus, por exemplo. É aqui que a MaaS pode ter mais capilaridade, com série de possibilidades com bicicletas, patinetes, scooters, novas rotas de transporte público, aplicativos de táxi e veículos compartilhados. Já existem apps que mostram o horário em que a linha de ônibus vai passar em determinado ponto, o que dá ao cidadão mais autonomia para se programar. A MaaS também vale para carros, com soluções como a Zona Azul digital, vagas inteligentes, serviços de telemetria, assinaturas de veículos e todo ciclo de consumo de serviços relacionados ao carro, incluindo itens financeiros como seguros, pagamento de tributos, leasing, consórcio, compra e venda, documentação digital.
Do ponto de vista de sustentabilidade, o carro elétrico também se mostra como tendência em ascensão, bem como a ‘não mobilidade’, por meio da adoção massiva do trabalho remoto, do ensino a distância, da telemedicina e do consumo de entretenimento via plataformas de streaming. O setor privado tem série de oportunidades de pensar em soluções para jornada de mobilidade personalizada, de forma multimodal, com base em preferências de tempo, preço, conveniência e privacidade, e tornar a mobilidade vetor do desenvolvimento urbano, social e econômico de forma genuína e sustentável.
*André Turquetto é diretor-geral da Veloe, unidade de negócios da empresa Alelo.
Fonte: Diário do Grande ABC - Sto. André - Opinião - SP - 21/10/2021
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