A Empresa Municipal de Urbanismo (Emurb) de Rio Preto abriu licitação para alugar 110 parquímetros e acabar com a venda de cartões da Área Azul por fiscais. A previsão é que de a automatização do serviço gere um gasto mensal de R$ 130 mil com os equipamentos, o que deve totalizar um gasto de R$ 1,5 milhão ao ano.
O edital de convocação para pregão presencial para a concessão do novo sistema foi publicado no Diário Oficial do Município dia 15. O contrato com a empresa ganhadora da concorrência pública é de doze meses, prorrogáveis por mais cinco anos.
Além dos parquímetros, a empresa ficará responsável pela instalação de 70 pontos de vendas de comercialização de crédito ou recarga de estacionamento. A aquisição do tempo de utilização poderá ser feita por cartão de crédito ou pagamento por Pix.
O presidente da Emurb, Rodrigo Ildebrando Juliano, afirma que a implantação dos dispositivos começará pelo Centro de Rio Preto, três meses após a assinatura do contrato. As instalações ocorrerão de forma gradual pelos outros pontos do eixo central e da Redentora.
A implantação também prevê uma campanha de esclarecimento dos usuários sobre a forma correta de utilizar os parquímetros.
Juliano afirma que a medida foi tomada após a Emurb constatar que nem todos os usuários se adaptaram ao pagamento eletrônico do estacionamento rotativo, por meio de aplicativo de celular.
"Tem gente que não aceita instalar no telefone, que às vezes nem tem memória disponível para isso. Vamos continuar na linha de transformar tudo em autosserviço, em que não vai mais precisar de ninguém para fazer a venda”, explica o diretor.
Distância
Pela proposta, será instalado um parquímetro a cada 26 vagas de veículos, o que dá uma distância média de 50 metros, segundo cálculos da Emurb.
O motorista poderá comprar o tempo de utilização da Área Azul por por meio de cartões e Pix. Outra inovação é que as placas de sinalização do estacionamento rotativo serão dotadas de QRCode. Pelo celular, o usuário poderá saber onde tem vaga disponível.
O novo sistema prevê que a empresa fornecedora dos parquímetros compre da Emurb o tempo de utilização das vagas, para depois revendê-lo aos usuários.
A empresa municipal optou por locar os aparelhos, porque dessa forma a responsabilidade de manutenção dos equipamentos é somente da empresa contratada.
Além disso, o edital prevê o uso de um veículo com câmeras instaladas na parte externa e que fará a fiscalização do serviço. “Os veículos que não respeitarem o estacionamento rotativo serão identificados pelas placas e lançados no sistema por meio do aviso de tolerância”, afirma o diretor.
A Empro Tecnologia e Informação, empresa pública municipal de tecnologia da informação, que é a desenvolvedora do sistema E-Digital – vai acompanhar a integração das novas funcionalidades. A expectativa é de que o pregão presencial com as empresas interessadas ocorra no dia 13 de maio.
Fiscais sem dinheiro na mão
O presidente da Emurb, Rodrigo Juliano, afirma que a partir da automatização da Área Azul, o objetivo é retirar dos fiscais a função de venda de cartões para afastar o risco de assaltos. A empresa municipal não dados de ocorrências, mas Juliano revela que há risco na função.
"Vamos tirar o dinheiro na mão do fiscal, porque é arriscado. Nós temos um aumento de pessoas em situação de rua. Tem as pessoas que usam droga e a gente tem que se resguardar”, afirma o presidente.
Juliano garante que não há previsão de demissão dos fiscais de rua, mas que eles serão gradualmente incorporados a outras funções ligadas ao estacionamento rotativo.
Após a implantação dos parquímetros, a Prefeitura espera ampliar, em 2023, a abrangência d a Área Azul para novas regiões de Rio Preto. Um dos novos locais é as imediações do Hospital de Base e Hospital da Criança e Maternidade, onde há forte atuação dos flanelinhas que assediam motoristas.
Fonte: Diário da Região - São José do Rio Preto - Cidades - SP - 19/04/2022