Mais da metade dos consumidores que possuem veículos, 52,4%, disseram que já deixaram de comprar algo por não conseguir estacionar o carro ou a moto próximo do comércio. A revelação foi feita por uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) junto com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
A pesquisa é inédita e revela os impactos da mobilidade urbana no varejo. O levantamento mostra que uma boa condição de trânsito nas proximidades dos centros comerciais, assim como a presença de estacionamentos, são fatores que favorecem o fluxo de pessoas e podem aumentar o faturamento das lojas. O engenheiro civil Gilson Luduvico é morador de Vila Velha e relatou que já teve muita dificuldade para estacionar perto das lojas no Polo de Confecções da Glória, principalmente, antes da instalação do estacionamento rotativo. “Parava o carro a até cinco quadras de distância da rua para onde ia. Isso era um transtorno e desânimo para fazer a compra ou até mesmo sair de casa para ir à loja”. Como alternativa para fugir do problema, que é a falta de vagas próximas ao comércio, Gilson passou a ir às compras de bicicleta.
O levantamento também apontou que sete em cada 10 pessoas que têm veículos disseram que dão preferência a centros comerciais que oferecem estacionamento próprio ou nas imediações.
INTERNET - Com a nova geração de consumidores preocupada com questões que envolvem acessibilidade e qualidade de vida, comprar pela internet tem sido uma grande comodidade para muitos. Diante disso, a economista Rafada Bermond Caliman alerta que os empresários devem ficar atentos à acessibilidade do ponto comercial para fornecer conforto ao cliente e dar maior incentivo às compras.
Segurança é fundamental na decisão, aponta estudo
O estudo também buscou compreender como implementações no sistema de mobilidade nas grandes capitais podem gerar ganhos de acessibilidade, comodidade, segurança e até aumentar o fluxo de pessoas até a porta das lojas. Outro fator fundamental para o brasileiro na hora das compras é a segurança. Para 73% dos entrevistados, sentir-se protegido no estabelecimento é prerrogativa básica, sendo que 56% se sentem mais seguros ao fazer compras dentro de shopping centers do que em lojas do comércio de rua. A decisão de não frequentar um centro comercial é influenciada de forma negativa por causa da presença de moradores de rua, para 40% dos entrevistados, e de flanelinhas, para 37% dos consumidores.
Fonte: A Tribuna - ES - 26/05/2018