Venda de modelos com até 3 anos de uso atingiu 2,6 milhões de unidades, alta de 39,8% sobre 2024
Ao contrário do mercado de 0 km que está aquém do projetado pela Fenabrave e Anfavea, o mercado de carros usados caminha para bater novo recorde no ano. Com alta em todos os segmentos, o destaque é o de seminovos, aqueles com até três anos de usado, que no ano indicam expressiva expansão de 39,8%.
Com menos dias úteis, setembro teve queda de 13,2% sobre agosto – com, respectivamente 301.315 e 347.244 seminovos comercializados -, mas houve alta de 52% sobre o mesmo mês de 2024, quando as vendas se limitaram a 198,3 mil unidades.
As transações com os chamados “usados jovens (4 a 8 anos) tiveram expansão de 9,9%, atingindo 3,23 milhões de unidades no ano, enquanto as relativas aos “usados maduros” (9 a 12 anos) tiveram alta insignificante de 0,1% e as dos “velhinhos” (13 anos e +) aceleraram 20,7% (veja tabela abaixo).
No acumulado dos nove meses, foram 2,6 milhões de negócios, ante total de 1,88 milhão em idêntico período do ano passado, conforme dados divulgados nesta terça-feira, 7, pela Fenauto, a entidade que representa os revendedores independentes de veículos.
O mercado de usados como um todo somou 13.478.486 negócios de janeiro a setembro, expansão de 16,4% sobre as 11.582.395 unidades do mesmo período de 2024. Desse total, 73% são automóveis e comerciais leves, 2,4% são veículos pesados e os demais são motocicletas e outros.
No mês passado foram 1.697.154 transações, com pequeno recuo de 1,3% sobre agosto, que teve um dia útil a mais. A expectativa da Fenauto é que o ritmo de crescimento acelere na reta final do ano.
“O mercado de seminovos vem apresentando uma performance positiva e consistente neste ano, o que nos leva a prever um novo recorde”, informa Enilson Sales, presidente da entidade, lembrando que os meses de final de ano são historicamente mais intensos em termos de vendas.
Com pouco menos de 90 dias restantes para o encerramento do ano, a Fenauto projeta que o total de vendas deve ficar entre 16 milhoes e 17 milhões, superando as 15,7 milhões de 2024.
O cenário leva em conta a ampla variedade de modelos no mercado de usado, com preços mais atrativos em comparação com os veículos 0 km, “permitindo aos consumidores adquirir carros de categorias superiores ou em melhores condições com o mesmo investimento”, explica a entidade. (Imagem: divulgação)
Auto Indústria, 07/10/25