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Desde 10 de agosto, quando o valor da folha de Zona Azul subiu de R$ 3 para R$ 5, encontrar um ponto de venda dos boletos que permitem ao motorista estacionar durante um período determinado nas ruas restritas virou um martírio. Os paulistanos e turistas obrigados a andar de carro pelo Centro, sobretudo em vias de comércio intenso, precisam torcer, e muito, primeiro para achar uma vaga para estacionar.
Depois, comprar o talão ou apenas uma folha da Zona Azul em postos autorizados se transforma em outro tormento. A falta de tempo dos motoristas e a distância para os postos oficiais fazem a festa dos flanelinhas, que revendem a autorização para parar por até R$ 7.
Nas proximidades do Vale do Anhangabaú, em especial nas Ruas Major Quedinho e João Adolfo, a prática é comum. "Chego a vender até 8 talões (80 folhas) por dia, sendo a maior parte uma ou duas folhas por pessoa", afirmou um flanelinha que não quis se identificar.
O lucro médio do profissional, que age sem ser importunado pelas autoridades policiais, chega a R$ 200 por dia. O valor cobrado no Largo do Arouche é o mesmo. Até uma banca explora os desavisados e vende a folha por R$ 5,50.
"Isso é multo estranho porque na semana passada eles me cobraram R$ 5 na mesma banca", disse o comerciante Arnaldo Sugui, de 59 anos. "O problema é que a gente não tem o que fazer, ou compra com o valor mais alto ou é multado." Na região do Bom Retiro, o valor praticado pelo comércio paralelo das ruas também é R$ 7.
Assim que a pessoa estaciona o carro na Rua José Paulino, a principal do bairro, um flanelinha se aproxima para oferecer a Zona Azul. Depois de alguma negociação, ele aceitou R$ 6 por folha. A demanda é tão grande que a cada quarteirão há dois flanelinhas, como se fosse um espaço delimitado.
Na Santa Ifigênia, tradicional reduto de lojas de eletrônicos, os vendedores informais cobram R$ 6 pela folha da Zona Azul. A mais importante rua do bairro, que leva o mesmo nome dele, também tem dois flanelinhas por quarteirão. Na maior parte dos locais visitados pelo DIÁRIO ontem (6) os motoristas tinham dificuldade de encontrar um ponto de revenda oficial.
Fonte: Diário de S. Paulo, 7 de outubro de 2014

Categoria: Cidade


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