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"Ninguém aguenta tanta mistura", diz o funcionário público Fabio Ribeiro. "Seria melhor se a prefeitura implantasse uma velocidade só, mesmo que seja menor." Ribeiro passa todos os dias de carro pelo centro de São Paulo, que, desde a manhã desta segunda (15), teve reduzida a velocidade de algumas vias. É que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) implantou mais um trecho da chamada Área 40, onde o máximo permitido são 40 km/h. A intenção é reduzir o número de acidentes e aumentar a chance de as vítimas sobreviverem a atropelamentos.
As multas começam em 2015, em data ainda não definida. O sobe e desce de velocidade, porém, confundiu motoristas ouvidos pela Folha. Em um trajeto de 3 km feito pela reportagem da av. 23 de Maio à rua Líbero Badaró, a velocidade das vias mudou sete vezes. Apenas na rua Boa Vista, há placas indicando velocidades diferentes em três trechos, entre 30 e 40 km/h. Nesta segunda de manhã, duas pessoas foram atropeladas nas proximidades da praça da Sé, onde a velocidade máxima é de 30 km/h: uma pessoa morreu e outra teve ferimentos leves. Atingida por um ônibus, Rosalina Felipe Medeiros morreu em cima da faixa de pedestres ao lado do Pateo do Collegio. O motorista afirmou à polícia só ter percebido o acidente após ter ouvido pessoas gritarem para ele.
O auxiliar administrativo Paulo Roberto Cavalcante, que trabalha no prédio ao lado de onde o acidente ocorreu, disse que o limite de velocidade não é respeitado. "Os [motoristas de] carros, principalmente, são muito imprudentes. Eles sabem que aqui não tem radar nem agentes para multar, então aproveitam. A CET só aparece aqui quando tem manifestação." De acordo com a CET, os acidentes com mortes caíram de 171 em 2007 para 100 em 2013, na região central. Para o perito em acidentes Sérgio Ejzenberg, a melhor opção para reduzir velocidades são lombadas eletrônicas. "Elas garantem que os carros passem abaixo do limite, pois são vistas à distância. Instalar placas para forçar o motorista a olhar para 40 delas em 4 km é incompatível com a realidade." Ejzenberg diz que outra medida seria melhorar a iluminação das vias, sobretudo nas faixas de pedestres. "Estudos apontam que isso reduz em 40% os atropelamentos. O município sabe disso, mas aplica muito lentamente."
Fonte: Folha de S. Paulo, 16 de dezembro de 2014

Categoria: Cidade


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