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Serviços reagem com retorno da atividade após restrições na pandemia

Após ser castigado pela pandemia, o setor de serviços no Brasil teve alta de 1% no primeiro trimestre de 2022, frente aos três meses imediatamente anteriores, informou nesta quinta-feira (2) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado integra o cálculo do PIB (Produto Interno Bruto). O setor de serviços é o principal pela ótica da oferta, ou seja, dos segmentos produtivos da economia.

O ramo responde por cerca de 70% do indicador nacional. Engloba uma grande variedade de empresas, de pequenos comércios a instituições financeiras e de ensino. Também é o principal empregador no país.

Com a crise sanitária, a prestação de serviços amargou um duro golpe a partir de 2020, já que reúne atividades que dependem da circulação de consumidores. Restaurantes, bares, hotéis, salões de beleza e eventos fazem parte dessa lista.

Ao longo dos últimos meses, o cenário mudou com o avanço da vacinação contra a Covid-19, que permitiu a derrubada de restrições à circulação de pessoas. Assim, houve uma retomada do consumo.

"Dentro dos serviços, o maior crescimento foi de outros serviços, que tiveram alta de 2,2% no trimestre e comportam muitas atividades dos serviços prestados às famílias, como alojamento e alimentação", disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, em referência a negócios como hotéis, bares e restaurantes.

 

Ainda dentro dos serviços, houve crescimento de 2,1% em transporte, armazenagem e correio. A volta de viagens aéreas é uma das explicações para a alta.

Conforme os dados divulgados pelo IBGE, o PIB cresceu 1% em termos gerais no primeiro trimestre. O resultado foi puxado por serviços.

"O crescimento do PIB foi muito baseado em segmentos que sofriam com restrições na pandemia. Havia uma demanda reprimida", afirma a economista-chefe do banco Inter, Rafaela Vitoria.

A recuperação do setor de serviços, contudo, não está imune a riscos em 2022. Inflação em escalada, juros elevados e renda menor dos brasileiros jogam contra a melhora do segmento ao longo dos próximos meses.

INDÚSTRIA FICA ESTAGNADA

A indústria, outro dos grandes setores do PIB, registrou leve variação de 0,1% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao quarto trimestre de 2021, informou o IBGE.

Dentro da indústria, o maior avanço veio do ramo de eletricidade, gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos: 6,6%. A alta, segundo o instituto, foi impulsionada pela operação de usinas hidrelétricas, beneficiadas pelas chuvas no começo do ano.

A indústria de transformação, por sua vez, cresceu 1,4%. A construção (0,8%) também ficou no azul.

Por outro lado, fortes chuvas em locais como o Sudeste prejudicaram a produção de minério de ferro. Assim, a indústria extrativa caiu 3,4% no primeiro trimestre. Esse desempenho levou o setor industrial para baixo em termos gerais.

Parte das fábricas ainda amarga escassez de insumos, decorrente do desajuste das cadeias produtivas na pandemia. A alta dos preços de matérias-primas também desafia as empresas.

Agropecuária recua

A agropecuária, terceiro dos grandes setores do PIB pela ótica da oferta, recuou 0,9% no primeiro trimestre, frente aos três meses imediatamente anteriores, apontou o IBGE.

"Essa queda foi impactada principalmente pela estiagem no Sul, que causou a diminuição na estimativa da produção de soja, a maior cultura da lavoura brasileira", afirmou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Apesar dos efeitos climáticos negativos, o Brasil ainda deve registrar uma safra recorde de 261,5 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2022, segundo projeção de abril do instituto. Esse dado foi divulgado em maio pelo IBGE.
Fonte: Folha de S. Paulo, 02 06 2022

Categoria: Geral


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