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São Paulo e a volta gradual ao normal

 

Por Jorge Hori* - A cidade de São Paulo começa o ano de 2021 com o mesmo de sempre. Diferentemente do Rio de Janeiro, não tem faixa ou placa de "sob nova direção". O prefeito é o mesmo, faz alguns ajustes na sua equipe, promete completar o que não conseguiu no seu mandato tampão e não apresenta nada de novo de substancial.
A flexibilização das restrições fez a cidade voltar parcialmente ao "normal", com congestionamentos no trânsito, polos de compras populares lotados, festas e aglomerações em vários cantos, no final do ano.
As consequências foram as previstas e anunciadas: ampliação da contaminação e de mortes pela COVID-19. As restrições mais rigorosas foram retomadas.
Somando-se às usuais férias de verão, a cidade está quase vazia.
A principal expectativa é com o início da vacinação que, se antecipada, ainda ocorrerá no final de janeiro. Mas deverá entrar em ritmo normal, em fevereiro, gerando alívio e liberação.
Consequência inicial será um aumento da contaminação, repercutindo em aumento de internações e mortes. Muitas pessoas acharão que, com o início da vacinação, o vírus foi vencido e poderão voltar plenamente ao “velho normal", sem os cuidados de lavar as mãos, de usar máscara e evitar aglomerações. O cansaço com as restrições levará à ansiedade das pessoas para voltar o quanto antes ao seu entendimento de normalidade.
Para conter a natural antecipação do comportamento liberatório, as autoridades públicas deverão manter restrições mais rígidas. A cidade de São Paulo só deverá alcançar a fase verde de forma plena e continuada a partir de abril, quando grande parte da população já tiver tomado a segunda dose.
Até lá haverá "idas e vindas", com flexibilizações e regressões, diante do eventual aumento das médias móveis de contaminação e mortes.
Ambiente plenamente consolidado, com o vírus controlado, mas não eliminado, só a partir de 2023, com plano anual de vacinação, como da gripe, diante das mutações do vírus.

* Jorge Hori é consultor em Inteligência Estratégica e foi contratado pelo SINDEPARK para desenvolver o estudo sobre a Política de Estacionamentos que o Sindicato irá defender. Com mais de 50 anos em consultoria a governos, empresas públicas e privadas, e a entidades do terceiro setor, acumulou um grande conhecimento e experiência no funcionamento real da Administração Pública e das Empresas. Hori também se dedica ao entendimento e interpretação do ambiente em que estão inseridas as empresas, a partir de metodologias próprias.

NOTA:

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do SINDEPARK.


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