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Preços nos estacionamentos no centro variam até 140%; ACE sugere preço mais barato em horário de menor movimento (Jundiaí/SP)

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O final do ano está aí e a temporada de compras aumenta demasiadamente o movimento no centro de Jundiaí. E aquele velho dilema vem à tona: onde estacionar já que as vagas públicas são limitadas? Com os consumidores nas ruas, os estacionamentos particulares veem a procura pelo serviço aumentar em mais de 50% nessa época. Mas quem precisa de uma vaga deve pesquisar muito antes de entrar no primeiro estabelecimento pois os valores chegam a uma diferença de 140%. A associação Comercial de Jundiaí está em conversa com estacionamentos para que seja cobrada tarifa menor em horário  de menor movimento.

Segundo levantamento feito pela reportagem do Portal Tudo, os preços por uma hora de estacionamento variam muito, mais que o dobro do preço de um estabelecimento para outro. Nos prestadores de serviço da rua do Rosário e adjacências o preço é mas alto e à medida que se distancia da Praça da Matriz o preço cai. Nas ruas, é preciso usar o parquímetro. Somente neste ano, mais de 76 mil multas foram aplicadas por estacionamento irregular na cidade.

Os locais mais baratos, segundo a pesquisa, são os estabelecimentos da rua Senador Fonseca, que cobram R$ 5 por hora. Já o estacionamento mais caro está na rua do Rosário, com valor de R$ 12 por uma hora e R$ 8 por 30 minutos. Já em frente ao Fórum tem estacionamento que cobra R$ 25. Os preços da hora excedente também são diferentes. Após a primeira hora, o cliente pode pagar entre R$ 5 e R$8 acada 60 minutos extras. Funcionário de um estabelecimento da rua do Rosário diz que recebe até 250 carros por dia neste mês. “Em outras ocasiões, são 180 por dia”, explica.

O aumento no seu estacionamento, no mês de dezembro, chega a 44%. Mesmo com a margem de lucro maior, o rapaz admite que não há variação no preço. “Trabalhamos com valores fechados, que são reajustados uma vez por ano.” Sobre os horrários de funcionamento, neste mês cada estabelecimento fica aberto, em média, três horas a mais por dia. “Num mês comum abrimos às 7h30 e fechamos às 19h30. Agora, perto do Natal, vamos até 22h”, esclarece.

Cliente dos estacionamentos da rua do Rosário, a advogada Andréia Moraes se diz tão acostumada a não encontrar vagas que nem lamenta mas o preço dos estacionamentos privados. “Não tenho tempo para ficar dando várias voltas, esperar um parquímetro para validar o bilhete e, às vezes, não tenho moedas, o que complica ainda mais. Por isso uso os estacionamentos particulares, são mais práticos para o que eu preciso.”

O funcionário de um estabelecimento na rua Senador, onde os preços praticados são os menores, disse que o valor é mais baixo por conta da distância, mas que já teve problemas com os demais estabelecimentos que se incomodam com o valor praticado. “Aqui no centro ninguém segue uma tabela de preço, mas muitos já nos procuraram incomodados com nosso valor, mas não vamos mudar o preço por isso.”

De acordo com a coordenadora do Procon Gabriela Glinternik, há anos existe um questionamento sobre as regras para estacionamentos privados principalmente por conta da briga da oferta e da procura. “Quanto menos lugar você oferece de estacionamento livre mais há uma majoração no preço, e o preço é livre”, diz. A lei 16.127 foi declarada inconstitucional, então só há mesmo o Código de Defesa do Consumidor, que é uma lei genérica que trata dos abusos e informações. “Por exemplo, os estabelecimentos têm que divulgar de forma ostensiva os valores praticados, porém, fica a critério do estabelecimento o valor”, explica.

Entidades de classe fazem o quê?

A Associação Comercial Empresarial de Jundiaí (ACE) entende que este é um assunto importante para o desenvolvimento do comércio. Preços de estacionamento mais atrativos estimulam a ida de consumidores até a região central, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, mas também afirma que os empreendedores baseiam-se na lei da oferta e da procura, por isso os valores nas principais ruas do centro é mais alto do que nas vias mais distantes. “Esta é uma questão delicada e deve ser tratada em conjunto com empreendedores. A ACE já está em conversa com comerciantes para juntos, entidade e empresários, buscarem alternativas que possam satisfazer a todos os envolvidos. Uma delas seria a cobrança diferenciada em horários de menor movimento”, informou o presidente da ACE, Elton Monteiro.

O presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista) de Jundiaí, Edison Maltoni, informou, através de sua assessoria de imprensa, que “a entidade não interfere nos valores praticados pelos estabelecimento e que faz ações para fomentar o comércio no centro da cidade a fim de atrair os consumidores”.

Vagas públicas

O motorista que não opta pelos estacionamentos pode utilizar uma das 2.637 vagas públicas para carros ou 615 vagas para motos espalhadas na região central.

Há ainda 109 vagas para idosos e 76 para deficientes. Porém, para utilizá-las é preciso validar o bilhete em um dos parquímetros espalhados ou utilizar o sistema Digipare, aplicativo de celular lançado em abril.

Fonte: portal de notícias tudo.com.vc, 27/11/2017

Categoria: Geral


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