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Perspectivas para os estacionamentos pagos

 

O setor econômico estacionamento pago tem uma perspectiva de crescimento conjunto, isto é, setorial, acima do PIB, mas com comportamentos bem distintos entre os seus diversos segmentos e regiões.

Nas megacidades, onde os congestionamentos são grandes e há fortes campanhas contra o automóvel, a tendência será de deficit de vagas, nos polos de destino, levando a substanciais mudanças nos modelos de negócios dos estacionamentos. O tradicional modelo de terrenos, nos polos de destino, tenderá à extinção, substituído por edifícios-garagens, altamente automatizados. As vagas em novas edificações tenderão a uma diminuição relativa. O mercado se ajustará com a maior aproximação das moradias aos locais de trabalho, a maior utilização do metrô, com os estacionamentos nos entornos ou junto das estações, com tarifas integradas. O mercado imobiliário tenderá a buscar novos polos comerciais. As principais oportunidades estão nos locais de grande demanda unitária, como os centros de convenções, aeroportos e outros.

O comércio de rua voltará a ter maior importância, mas no entorno das estações de metrô, não gerando grandes demandas para estacionamento nos destinos. O aumento se dará nas estações de origem.

Já nas grandes e médias cidades o deficit de estacionamento é elevado e ainda não apresentam grandes congestionamentos nas vias estruturais e arteriais. Esses ocorrem nas áreas de destino comercial e outras demandas não residenciais. Parte desses decorrem de circulações adicionais dos motoristas em busca de estacionamentos para ocupação eventual (avulsos).

A principal demanda será para as viagens casa-trabalho, em que os valores das viagens pelos aplicativos são bem maiores que dos estacionamentos.

A qualidade do transporte coletivo não tem sido atrativo para a mudança do modo. Essas cidades não têm escala para uma rede metroviária.

Os estacionamentos nessas cidades são as maiores oportunidades para os empreendedores do setor, mas com alto nível de concorrência.

Algumas se darão bem. Outras não. A diferença estará no planejamento estratégico e competência gerencial, tendo a comercial como o fator principal.

 

*Jorge Hori é consultor em Inteligência Estratégica e foi contratado pelo SINDEPARK para desenvolver o estudo sobre a Política de Estacionamentos que o Sindicato irá defender. Com mais de 50 anos em consultoria a governos, empresas públicas e privadas, e a entidades do terceiro setor, acumulou um grande conhecimento e experiência no funcionamento real da Administração Pública e das Empresas. Hori também se dedica ao entendimento e interpretação do ambiente em que estão inseridas as empresas, a partir de metodologias próprias.

NOTA:

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do SINDEPARK.


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