Parking News

O que explica a alta dos combustíveis e o etanol subir mais que a gasolina

 

Uma das mais desagradáveis surpresas para o bolso do brasileiro em 2021 foi a disparada nos preços dos combustíveis. Não bastassem as contas de início de ano, como IPVA e IPTU, e o repentino aumento dos planos de saúde, os consumidores também tiveram de lidar com seguidos reajustes nas bombas dos postos. 
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio do litro de gasolina subiu 14,6% de janeiro a março, enquanto o de etanol encareceu 21,1%.
Segundo especialistas consultados por VEJA, o ciclo de alta tem relação com três variáveis: preço internacional do petróleo, desvalorização cambial e o período de entressafra do etanol.
A explicação para a disparada do etanol — que, percentualmente, encareceu mais que a gasolina — está na própria demanda pelo biocombustível e pelo período de entressafra do produto. Embora o consumo de gasolina tenha caído 4,1% em 2021 em relação a 2020, segundo a edição mais recente do Boletim de Monitoramento Covid-19, do Ministério de Minas e Energia, o de etanol subiu 6,1% na mesma comparação.
Se há maior demanda, o preço acompanha a alta. Além disso, o início de ano é marcado pela tradicional entressafra da cana-de-açúcar, que encarece o etanol no primeiro quadrimestre. 
Com a curva de demanda crescente e a de oferta caindo, o resultado não poderia ser outro que não fosse a subida dos preços.
Atualmente, o preço médio do litro de gasolina é de 5,299 reais, e o de etanol, 3,901.
O preço do petróleo no mercado externo segue pressionado. A Opep+ manteve os cortes na produção mundial da commodity em março, com o argumento de que a recuperação da demanda ainda é frágil. A decisão refletiu na alta da cotação do petróleo tipo Brent, orçado em 69 dólares nesta segunda-feira, 15.
Fonte: Veja, 15/03/2021

Categoria: Geral


Outras matérias da edição


Seja um associado Sindepark