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Novas receitas geradas pelos estacionamentos


O estacionamento, mesmo com sua capacidade reduzida, passou a ser uma área estratégica para o shopping continuar prestando atendimento ao cliente e até oferecer entretenimento durante a crise sanitária. Quando apenas um shopping havia sido reaberto no país, o sistema de drive-thru nos estacionamentos passou a ser incorporado em vários empreendimentos. O serviço começou no período da Páscoa, ganhou força no Dia das Mães e se consolidou no Dia dos Namorados. A estratégia continuou ativa, inclusive, após a reabertura gradual dos empreendimentos e complementa as vendas de milhares de lojas. Para o cliente, mais um modo de entrega realizado com muita segurança e facilidade, já que basta abrir a janela do carro para pagar e pegar a compra.

Cinema em tempo de isolamento

Em 2019, o público do cinema no Brasil foi de mais de 176 milhões. Mas, com o início da pandemia, de uma hora para outra, todas as salas de cinema estavam fechadas. Com o retorno das atividades de forma gradual, essa será uma das últimas operações a voltar. Alguns shoppings que têm garagens abertas proporcionaram sessões no formato cine drive-in. Essa foi a forma encontrada para oferecer entretenimento ao cliente que ficou com saudade de assistir um filme na telona. Segundo a Abrasce, até o final de junho 24 shoppings realizaram ou anunciaram que realizariam em breve o cine drive-in. 

O primeiro a implementá-lo foi o Litoral Plaza em parceria com a Cinesystem. O projeto teve início em maio e a ideia é mantê-lo enquanto as salas estiverem fechadas. Segundo Martinho Polillo, superintendente do empreendimento, a iniciativa inovadora tem tido um grande sucesso de público desde a estreia. Além de oferecer entretenimento seguro aos frequentadores do shopping, as sessões colaboram com o Fundo Social de Solidariedade de Praia Grande (SP).

“O cine drive-in não foi planejado como uma alternativa para contornar os impactos financeiros da pandemia, mas como uma maneira de manter a proximidade com nossos clientes, proporcionar uma alternativa segura de entretenimento para toda a família e de contribuir com as pessoas em situação de vulnerabilidade na cidade”, explica Polillo.

A adesão tem sido alta e o público é formado por quem tem cumprido o isolamento social. No Litoral Plaza, são exibidos três filmes por dia, sendo que as sessões são desmarcadas apenas em virtude do mau tempo. Os ingressos podem ser comprados pela internet ou adquiridos no local.

Desde o início, todas as medidas de higiene foram implementadas. O uso de máscara é obrigatório, inclusive, para o público. E, claro, a pipoca e o refrigerante não podem faltar, e a venda é realizada com todos os cuidados.

O empreendimento também oferece o sistema de drive-thru. “São realizados mais de 200 atendimentos por dia. Desde o início, buscamos alternativas seguras e inovadoras para continuarmos atendendo aos clientes e auxiliando os lojistas”, conclui Polillo.

Crescimento conjunto

Assim como na Europa, a Indigo chegou a ter queda de 98% do fluxo nos estacionamentos em que administra no Brasil. Em shopping centers, são 90 operações em vários estados que foram impactadas. A companhia sempre teve um diferencial no mercado por investir nos empreendimentos, sendo que o aporte não precisa ser necessariamente utilizado nas garagens dos shoppings. Cada empreendedor pode usá-lo conforme sua estratégia. “Atuamos como operadora de estacionamento, mas temos o funding como retaguarda para potencializar o nosso crescimento e celebrar contratos de mais longo prazo”, explica Roque Perachi, CDO da Indigo.

No Shopping Jequitibá, por exemplo, R$ 10 milhões foram investidos em ampliação. Na Tenco Shopping Centers, o aporte foi de R$ 81 milhões em um contrato firmado no final de 2018, que envolveu 11 estacionamentos, mas o valor foi utilizado de forma estratégica. “No Outlet Premium São Paulo, o capital de R$ 10 milhões foi empregado para a construção do edifício garagem e o pagamento será diluído ao longo de 10 anos por meio de uma parcela do resultado do estacionamento”, relembra Perachi. Muitas vezes, pode ser mais interessante do que buscar um financiamento em um banco. Claro, que envolve vários fatores, mas pode ser uma alternativa.

Inteligência na cancela

A primeira e a última experiência do cliente no shopping se dão no estacionamento. Pensando nisso, empresas do segmento passaram a incorporar mais inteligência e tecnologia nos equipamentos para evitar o toque na entrada e na saída.

A Perto lançou duas novas forma de operar: touchless e tickeless. Na primeira modalidade, os sensores da pista identificam a aproximação do carro e o ticket é impresso sem que o motorista tenha que tocar em nada. No momento da saída, oferece a opção do pagamento por meio do aplicativo com o celular.

No tickeless, uma foto é tirada da placa do veículo e reconhecida pelo sistema. Em seguida, a cancela se abre automaticamente. Na hora de sair, o consumidor também pode efetuar o pagamento da tarifa pelo aplicativo. Em ambos os casos, se a pessoa não tiver o app, pode usar uma máquina de autoatendimento. Na hora de deixar o local, por meio da leitura da placa e ticket pago, a cancela se abre automaticamente.

“Entendemos que um shopping que oferece essa solução vai ganhar a preferência do cliente porque se sentirá mais seguro. Além disso, os centros de compras que estão perdendo receita por deixar as cancelas abertas acabam com esse problema”, explica Fernando Athaíde Mitidieri, diretor de negócio de software e outsourcing da Perto.

 

Essas soluções são adaptações realizadas em equipamentos já existentes. Eles foram dotados de mais inteligência para gerenciar esse fluxo e ganharam câmeras. “Além disso, essa plataforma pode gerar promoções pelo aplicativo e qualquer shopping pode ter o app personalizado com o seu logo. Com as limitações existentes hoje na capacidade, essas campanhas ajudam a atrair clientes”, complementa Mitidieri. Basta saber usar as ferramentas de marketing disponíveis. 

Lojas pop-up

A área do estacionamento também pode ser uma alternativa para instalação de lojas pop-up. Algumas empresas já começaram a criar modelos de negócios com essa estratégia: a de ofertar os produtos onde o consumidor está. É o caso da Suvinil, que detectou a oportunidade de incrementar as vendas, instalando lojas container em locais inesperados com alto fluxo de vendas.

Segundo Juliana Furtado, gerente de trade de marketing da Suvinil, o modelo traz como benefícios o tempo menor de abertura de um ponto de venda e um custo mais baixo. “Acreditamos que seja uma alternativa inovadora para os lojistas nesse momento de retomada dos negócios, já que o modelo oferece um custo para abertura mais baixo comparado com uma loja tradicional, e rápida implementação. É possível inaugurar o espaço em apenas dois ou três meses.”

As lojas são construídas a partir de dois containers marítimos adaptados, que ficam empilhados. Geralmente, o container de baixo é utilizado para o atendimento ao cliente e o de cima como estoque. “Este formato inovador de comercialização de tinta traz praticidade e conveniência e oferece o portfólio completo de produtos da marca, além de acessórios de pintura, como rolos, pincéis, lixas, entre outros”, diz Juliana.

Fornecedores filiados

Além de gerar novas alternativas de receitas nos estacionamentos, diversos fornecedores de produtos e serviços têm auxiliado os shoppings no processo de retomada do setor. Conheça nossos fornecedores parceiros com soluções que podem ajudar os empreendimentos nesse momento:

A Juniper Networks oferece agora através da Arsitec as soluções WiFi da MIST, baseadas em inteligência artificial e que permitem:
Oferecer uma experiência inovadora aos seus clientes
Obter informações relevantes sobre o perfil dos seus clientes, como áreas visitadas e tempo de permanência
Oferecer promoções customizadas para grupos de clientes ou para clientes individuais.
Fonte: Revista Shopping Centers - SP - 01/07/2020

Categoria: Geral


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