Parking News

Mudanças em políticas públicas afetam pouco os estacionamentos

decoraodegaragens-576

Por Jorge Hori*
O transporte coletivo urbano nunca foi e não será um concorrente significativo dos estacionamentos pagos. Os elevados preços relativos dos estacionamentos fazem com que as pessoas que - mesmo tendo carro próprio - contam com a opção do transporte coletivo não se utilizem dos estacionamentos pagos. A menos de condições excepcionais. Podem até sair de carro, mas buscam estacionar o seu veículo em vias públicas, sem a necessidade de pagar pela vaga.

Os trabalhadores que fazem o trajeto casa-trabalho de carro deixando-o durante o dia todo num estacionamento pago, em geral, o fazem porque o seu custo é pago pela empresa, que o oferece como benefício. Sem incidência de contribuições ou impostos sobre o valor. Poucos estão dispostos a trocar a comodidade, supostamente sem custo, pelo incômodo do transporte coletivo.

O principal usuário avulso é aquele que precisa ir a vários locais ao longo do dia. A sua opção ao carro próprio é o táxi ou o chamado por um aplicativo.

Dessa forma, eventual restrição aos estacionamentos pagos não vai restringir o uso do automóvel, tampouco ampliar a demanda do transporte coletivo. Uma ampliação da rede metroviária em São Paulo vai - principalmente - transferir o usuário dos ônibus para o metrô. Só marginalmente irá captar o usuário do carro particular. Serão aqueles que moram perto de uma estação e se dirigem a um local também próximo à estação. A distância razoável para que isso aconteça são400 metrosou quatro quadras.

Mudanças nas políticas públicas urbanas pouco afetarão o futuro dos estacionamentos pagos. Esse está sujeito a fatores já analisados, como a evolução imobiliária e outras, principalmente de natureza tecnológica, que analisaremos adiante.

* Jorge Hori é consultor em Inteligência Estratégica e foi contratado pelo SINDEPARK para desenvolver o estudo sobre a Política de Estacionamentos que o Sindicato irá defender. Com mais de 50 anos em consultoria a governos, empresas públicas e privadas, e a entidades do terceiro setor, acumulou um grande conhecimento e experiência no funcionamento real da Administração Pública e das Empresas. Hori também se dedica ao entendimento e interpretação do ambiente em que estão inseridas as empresas, a partir de metodologias próprias.

NOTA:

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do SINDEPARK.


Outras matérias da edição

É terça-feira próxima o dia de ser solidário!

Está tudo pronto para a 16ª edição da Manobra da Alegria, em 26 de setembro! Os materiais da campanha já foram distribuídos e agora é a hora de fazer a diferença na vida de pessoas com deficiência (...)

Doria congela IPTU de São Paulo em 2018

Mesmo com restrições orçamentárias e com a revisão de valores prevista pela legislação, a gestão João Doria (PSDB) decidiu manter a base de cobrança do IPTU congelada no ano eleitoral de 2018. O tucan (...)

Masp ganha estacionamento para bikes

Pedalar até o Masp já não exige mais do ciclista procurar um lugar fora do museu para guardar sua bicicleta enquanto visita as exposições ou relaxa no vão livre (...)

Balneário voltará a ter zona azul (Camboriú/SC)

O Observatório Social de Balneário Camboriú pediu revisão no estudo feito pelo Fundo Municipal de Trânsito (Fumtran) para balizar a licitação da zona azul. O principal questionamento foi em relação ao (...)

Nova lei entrou em vigor dia 16 em Natal (RN)

Passou a valer oficialmente dia 16 a Lei Municipal 6.697, que obriga os estacionamentos da cidade, pagos ou não, a informarem em seu estabelecimento que eles são responsáveis por eventuais danos que o (...)


Seja um associado Sindepark