SP+, maior administradora de estacionamentos dos Estados Unidos, acumula alta de mais de 80% em seus papéis desde julho, mesmo com operação negativa. Aposta em tecnologia e liderança “linha dura” agradam investidores, que seguem otimistas com a retomada das atividades. O CEO da companhia falou ao NeoFeed
Apenas quatro analistas cobrem a movimentação da SP+ na Nasdaq e todos eles indicam a compra dos papéis da empresa, reconhecendo os fortes sinais de recuperação da maior administradora de estacionamentos e de logística para o setor de hospitalidade do país.
A companhia chegou a ceder 40% de seu valor durante a pandemia, mas desde julho acumula alta de 85%. Neste ano, no entanto, a desvalorização é de 28,3%, cravando seu valor de mercado em US$ 698 milhões.
O desempenho positivo na bolsa tem a ver com o otimismo quanto à liderança “linha dura” da empresa, que logo no começo da pandemia afastou parte de seus funcionários e cortou o salário de outros.
Esses sacrifícios todos permitiram à SP+ reduzir o custo da operação para US$ 18 milhões no terceiro trimestre deste ano. No mesmo período de 2019, o gasto da empresa era de US$ 26 milhões.
Apesar da “ginástica” nas contas, a atividade da companhia no terceiro trimestre de 2020 continua negativa: o prejuízo no período foi de US$ 88,3 milhões, diante de uma receita de US$ 229,1 milhões. No mesmo período do ano passado, a receita era de US$ 418,6 milhões e o lucro de US$ 14,2 milhões.
Diante das boas notícias quanto à eficiência das vacinas de diferentes farmacêuticas e com a retomada gradual das atividades econômicas nos Estados Unidos, a SP+ já sente seu ponteiro mexer.
De acordo com o executivo, a alta na demanda da empresa tem a ver, sobretudo, com a movimentação nos estacionamentos nos aeroportos de grandes cidades e com os serviços relativos ao mercado de aviação.
Um dos produtos da SP+, por exemplo, é a possibilidade de usuários premium pagarem pelo check-in remoto de suas bagagens. Com isso, a empresa retira as malas dos clientes em suas casas e se encarrega de todo o manuseio da bagagem até o destino final.
“Temos operações em 74 aeroportos nos Estados Unidos e somos líderes do setor. Para manter essa vantagem, temos investido na transformação digital da companhia”, afirma Baumann.
De fato, a empresa tem instalado máquinas inteligentes nos estacionamentos em que opera, para que toda a jornada do usuário seja touchless e contactless, com pagamentos sendo feitos, por exemplo, por celular.
Outra aposta da SP+ foi instalar estações de recarga para veículos elétricos em alguns de seus estacionamentos. Os equipamentos são da ChargePoint, maior fabricante do setor, num acordo firmado em agosto.
“Não tem sido um ano fácil e os desafios que enfrentamos devem reverberar em nossos resultados por algum tempo, mas temos uma estratégia e estamos todos alinhados”, completa o CEO.
A SP+ foi fundada em 1929, em Chicago, e tem 23,9 mil funcionários para administrar estacionamentos em mais de 3 mil endereços em todo o país. Embora ofereça outros produtos, o gerenciamento dessas garagens representa quase 70% da receita da companhia.
Fonte: Neofeed, 18/11/2020
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