Parking News

Guardadores de carros continuam dominando a orla da praia, intitulando-se donos de pontos de estacionamento, ameaçando fisicamente motoristas que se recusam a pagar, e prejudicando a imagem de Santos na temporada turística.

Embora outras cidades do País vivam situação semelhante, duas propostas para alternativas que poderiam regulamentar a atividade, colocando freio a essas ameaças, aguardam desde outubro do ano passado uma definição da Prefeitura.

Os abusos e ameaças de parte de alguns flanelinhas têm provocado reclamações de motoristas que ficam reféns desses guardadores, pagando para não ter os veículos danificados.

As queixas se avolumam também nas vagas de rua próximas de clubes, templos religiosos e durante jogos de futebol na Vila Belmiro e shows na praia.

A regulamentação, se transformada em lei pela Câmara, facilitaria a identificação e o registro de ocorrências, conforme experiência já vivida por outros municípios, como Campos do Jordão, Curitiba e Guarujá.

O secretário municipal de Segurança, Renato Penteado Perrenoud, confirmou ontem que foi enviada em outubro ao gabinete do prefeito proposta do Conselho de Segurança Municipal para regulamentar a atuação de guardadores.

Pressão

O propósito da regulamentação tem principalmente caráter social, porque a maioria dos guardadores não tem profissão definida nem oportunidade de emprego fixo. Seriam cadastrados apenas moradores de Santos que exerçam hoje a atividade, permitindo que passem a receber também os benefícios da Previdência Social.

Atualmente, motoristas que recebam ameaças por se recusar a pagar o preço exigido pelos guardadores podem apresentar queixa no distrito policial mais próximo da ocorrência, com o apoio de testemunhas. Entretanto, na prática, quase ninguém se dispõe a utilizar os serviços policiais pela demora no registro da queixa e a pouca expectativa de que sejam tomadas providências.

Como a repressão não tem resolvido, as duas alternativas oferecidas pelo Conselho de Segurança Municipal têm o apoio, também, de guardadores de veículos. Uma delas recomenda o registro dos flanelinhas como profissionais autônomos e outra como integrantes de uma cooperativa.


Além da identificação e controle, os guardadores vestirão jalecos. Mas, a Prefeitura não se responsabilizará por danos aos veículos nem pelo pagamento de direitos trabalhistas dos autônomos ou cooperados.

Apoio

A alternativa não encontra solução para a cobrança ilegal dos serviços. Os motoristas não serão obrigados a pagar pelo estacionamento, mas poderão contribuir com os flanelinhas, com valores a seu critério e não por exigência dos guardadores.

Essas exigências, sempre seguidas de ameaças veladas de retaliação contra quem não se dispõe a pagar custam hoje em média R$ 10,00 na orla da praia e chegam a R$ 20,00 nas proximidades de eventos sociais na porta de igrejas (casamentos, principalmente) ou em dias de jogos e shows. E sem garantia do cumprimento da promessa do serviço de tomar conta do carro.

Na manhã do último sábado, em frente ao Aquário, um motorista se queixou da forma violenta como foi abordado e ameaçado por um guardador, apenas porque ocupou uma vaga que ele estaria guardando para outro motorista.

E lamentou que a atividade não seja inibida pela Polícia Militar ou Guarda Municipal, principalmente na orla. Flanelinhas que atuam em frente a clubes e pontos de pesca, bares e pieres nas avenidas Bartolomeu de Gusmão e Saldanha da Gama, na Ponta da Praia, no entanto, garantem que exercem atividades de apoio aos motoristas que buscam pontos de estacionamento, sem ameaças ou danos aos veículos.

Mas, como vivem dessa atividade - aceitam gorjetas que vão de R$ 0,10 a R$ 10,00. O pessoal ajuda como pode. Nós tomamos conta dos carros e não exigimos nada por isso, assinala J.A.S., que atua naquela área, juntamente com outros cinco guardadores. Ganhou o ponto por amizade com outros colegas e garante que não paga nada pela concessão, nem divide a féria.

Revela que os guardadores tiram em média cerca de R$ 500,00 mensais. Em determinados pontos, em frente a restaurantes, a féria é maior.

Ele gostaria de ver a atividade regulamentada, para afastar maus guardadores e ter garantia previdenciária. Exerce a atividade há dez anos e faz isso porque não encontra trabalho melhor.

Fonte: A Tribuna (São Paulo), 29 de janeiro de 2007

Categoria: Geral


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