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Em um ano, acidentes em rodovias paulistas têm custo de R$ 4,9 bilhões

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O motoboy Leandro Junior Santos, de 24 anos, morador de Votorantim (SP), não consegue esquecer uma manhã de abril deste ano, quando um carro atingiu a sua moto na Rodovia Santos Dumont (SP-79), entre Sorocaba e a sua cidade. Quando se deu conta, estava sob o carro e a moto, com uma fratura exposta no tornozelo. “Sentia uma dor terrível, achava que ia desmaiar. O resgate não demorou, mas para mim pareceu um século”, conta. Levado ao hospital, esperou 15 dias por uma cirurgia.

Além da dor e do susto, casos como o do motoboy saem caro para o Estado de São Paulo, segundo cálculo inédito feito pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, responsável pelo Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado (Infosiga). Os quase 70 mil acidentes de trânsito registrados nas rodovias paulistas, no ano passado, resultaram em um custo de R$ 4,9 bilhões à economia do Estado – com os gastos com saúde como principal componente.

No total, 28,8% das mortes nas estradas são ocorrências que têm a motocicleta como meio de transporte. Nos dados gerais, que incluem os acidentes ocorridos nas cidades, esse porcentual é ainda maior, de 35%. No ano passado, 1.737 motociclistas morreram em acidentes em São Paulo.

Insegurança

O professor de Engenharia de Tráfego Creso de Franco Peixoto, da Fundação Educacional Inaciana (FEI), afirma que uma das principais questões relacionadas às mortes nas estradas é a grande taxa de motorização do Estado. “Há 1 carro para cada 3 habitantes”, afirma. Para ele, como há falta de opções de transporte por meios como ferrovias e pouco uso do transporte público, o volume de tráfego nas rodovias por pessoas em transporte individual favorece os acidentes.

Peixoto também alerta para o que chama de “rodovias obsoletas”. São estradas que fazem a ligação para o litoral e, nos trechos de serra, os níveis de inclinação estão acima daqueles estabelecidos por norma, que é de 6%. “Existem rodovias em que a inclinação é de 21%.”

As cinco rodovias com maior número de óbitos são Via Dutra (116), Anhanguera (62), Marechal Rondon (60), Raposo Tavares (48) e Pres. Castelo Branco (44).

Fonte: O Estado de S. Paulo, 20 de setembro de 2017

Categoria: Geral


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