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Eleição para prefeito e a decisão pelo voto útil

 

Por Jorge Hori* - Diante dos dados da nova pesquisa Ibope, com levantamentos já em novembro, emergem duas perguntas essenciais:
- Bruno Covas poderá vencer no primeiro turno?
- Márcio França poderá superar Guilherme Boulos e ir para o segundo turno?

O fato principal para as respostas está no "voto vencedor", o principal componente do voto útil.

Grande parte dos eleitores não gosta de perder.

Na reta final da campanha e mais ainda na cabine de votação, acaba optando por um voto útil, isto é, em quem vai vencer ou irá para o segundo turno.

Bruno Covas, com a vantagem mostrada nas últimas pesquisas, tanto do Ibope como do Datafolha, será o mais favorecido, tendendo a receber os votos perdidos por Celso Russomanno. Este tende a perder até mesmo os votos do seu "núcleo duro eleitoral", segundo a perspectiva do seu eleitor em não inutilizar o seu voto.

Os ainda 14% de Celso Russomanno serão decisivos para as duas respostas.

Se grande parte dos seus eleitores migrar para Covas, este somando ainda a desistência de eleitores de candidatos com poucos votos, Covas poderá vencer no primeiro turno, embora seja pouco provável pela disputa pelo segundo lugar entre Boulos e França.

A questão não é o voto útil, mas o voto inútil dos persistentes adeptos dos minoritários.

Márcio França tem a possibilidade de chegar ao segundo turno, com a migração das intenções de votos ainda a favor de Russomanno.

Boulos continua travado pelo PT. O que ele ainda pode contar é com a desobediência dos petistas de baixa renda que continuam seguindo cegamente os comandos de Lula.

Lula dificilmente mudará de postura e desistir de Tatto. A visão dele é que se não apoiar o candidato do partido será o fim do PT e dele politicamente.

Dadas as dificuldade acima apontadas, o cenário ainda mais provável é um segundo turno entre Covas e Márcio França, mas sem deixar de considerar a alternativa Boulos.

*Jorge Hori é consultor em Inteligência Estratégica e foi contratado pelo SINDEPARK para desenvolver o estudo sobre a Política de Estacionamentos que o Sindicato irá defender. Com mais de 50 anos em consultoria a governos, empresas públicas e privadas, e a entidades do terceiro setor, acumulou um grande conhecimento e experiência no funcionamento real da Administração Pública e das Empresas. Hori também se dedica ao entendimento e interpretação do ambiente em que estão inseridas as empresas, a partir de metodologias próprias.

NOTA:

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do SINDEPARK.


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